quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Bem-aventurança





 Assisti, há poucos dias, uma palestra proferida pelo padre Fábio de Melo. Era uma palestra cujo tema era: "O segredo da bem-aventurança’’.


Fiquei encantada pela forma como ele conseguiu falar sobre a felicidade. Sim, ele falou de amor, perdas, sofrimento, incerteza, infelicidade, luta, coragem, vida, morte e sobre Deus.


O amor de Deus em nossas vidas. Deus é amor. Sendo amor, então não combina com a infelicidade. Segundo ele, pode existir o sofrimento no amor, mas não deve haver a infelicidade.


Ele nos convida a mergulhar nos mistérios da felicidade que brota de Deus. Uma felicidade, que não cai do céu, não é fácil. Sobre ela, Jesus ao subir na montanha proclamou: ‘’Felizes os pobres de coração, deles é o reino dos céus. Felizes os que choram, pois eles serão consolados... Felizes os corações puros, eles virão a Deus’’.


Incoerentes as palavras de Jesus? Como se pode ser feliz chorando? Os que choram serão consolados? Onde está a felicidade? O padre Fábio de Melo pergunta.


Ele faz uma analogia entre a felicidade e o poço. Segundo ele, Deus não mora na simplicidade, pois é preciso ir mais fundo, como para apanhar água dentro de um poço.


Existe sacrifício de retirar, mas a alegria de ter valido a pena. Assim é a felicidade. Por isso, só podemos falar de alegria, se antes soubermos falar de tristeza.


Padre Fábio de Melo disse algo que me levou a refletir: ‘’Somos a soma de tudo que fomos capazes de preparar. Até conta a história da cigarra, que passa quase um ano debaixo da terra, solitária para depois subir à superfície e cantar.


O nosso amadurecimento afetivo, segundo ele, vem do empenho, da luta por dias melhores. Não há ser humano completo sem sofrimento e diz mais: ‘’o sofrimento de uma caminhada vale a beleza da chegada’’.


Por fim, ele fala que só sabe ser feliz, quem de fato viveu a tristeza’’. Deve ser por isso, que tenho plena convicção que, as dificuldades que passamos na vida, as decepções, as tristezas das perdas, nos fortalecem para a luta diária.


Penso: Deus não nos abandona nas horas difíceis e sim, nós que, enfraquecidos pela dor, nos rendemos ao sofrimento. Por isso, olhamos para baixo ao invés de olhar para o céu. Não é mesmo?


Dica de Palestra!


Alda de Cássia 

Foto de arquivo: Alda de cássia

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