segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Conto: As batidas silenciosas




Hoje é dia de conto...Uhuuuuu! Aqui, um dos meus contos, feito após uma sessão de terapia ocupacional.Havia atendido um paciente, que tinha medo que o ''seu coração parasse, sem avisar''.


Túnel do tempo!


Um  dias desses, te perguntei ... por que bates, meu velho coração? O que te move a fazê-lo? Não te peço, mas bates muito forte. Quando aflita estou, sinto a força vindo de ti que me faz respirar fundo. Ouço:“... calma, assim não resisto....” . Neste momento, sei que fui avisada por ti e ponho-me em reflexão.

Todos os dias, acordas apressado, pois, pulo da cama ao ouvir o som do celular. Sei que sofres de me ver assim. No meu trabalho, sinto a tua presença quando vejo os sorrisos de minhas crianças. Tu  sorris, também! Estás calmo. Sei disso! Mas, quando tenho que reagir a  algo inesperado, como por exemplo, uma peça que poderá ser engolida pelo Marley ... tu disparas, dando-me conselhos através da tua sensibilidade. Mais uma vez sinto a tua presença diante dos meus pacientes. Como confortar alguém que perdeu o seu amor? Como ser capaz de compreender a revolta dirigida a Deus quando uma mãe clama com bravura e o culpa pela morte de seu único filho. Sem ti nada sou! A tua sensibilidade de bater de forma tão silenciosa cala a minha tristeza diante da dor.

Sim, porque sinto também a perda daquele ser que era amado pela família e até aquele que nos seus últimos momentos de vida não tem quem chore por ele, pois foi abandonado pela família. Tu me enches de amor e eu através de um “Pai Nosso” tento mostrar que sempre ele foi amado por Deus. “Livrai-o do mal! Proteja-o!”  É o que eu que desejo de coração.

“Oh, minha linda menina!” Ao ouvir todas essas palavras sinto-me tão cheio de vida. Quero que saibas que eu estou ao teu lado. Nas primeiras horas do amanhecer sou despertado para acordar. “Temo por ti, minha doce menina és tão impulsiva que penso que vais cair da cama.”

É verdade, aquele sorriso da  pequena Laís eu senti. Foi como o calor do sol tivesse aquecido o meu corpo. As travessuras do Marley me deixam aflito, mas sei que estás ao lado dele, protegendo-o para que nada aconteça. Calmo fico, nesta hora.

No Hospital, diante da dor, queria muito te dizer: “Vamos acalmar este coração juntos.

De forma silenciosa para que o batimento não interfira na tua mensagem de amor..” Assim pensoAgora sei que tu me ouves e me entendes.

Ao chegar em casa, entro feliz porque sei que juntos fizemos o nosso melhor. A promessa de mais um dia de muito trabalho me faz acreditar que ainda vamos ficar muito tempo juntos. Ufa! Que alívio saber disso! Mas vou logo te avisar ... Cuida de mim, porque quero cuidar de você! Combinado!

 Bjs,
Alda