segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ALERTA: Hipoglicemia

Diário das Gêmeas Paraenses 

 Sempre digo aos acompanhantes dos pacientes hospitalizados que atendo: ‘’Reze. Tenha fé pois, na hora em que o medo da perda tomar conta do seu coração, você não deve deixá-lo entrar’’. Assim fiz sábado!

Bem, eu e a "mana abençoada’’ passamos sábado pela situação mais difícil em toda a nossa vida. Sim, ao chegarmos em casa nos deparamos com uma cena que ainda insiste em ‘’vim a nossa mente’’. Qual?

O nosso pai estava sentado apático na cadeira. Chamei por ele, mas ele não respondeu. Olhava para o teto. Acendi a luz do quarto e vi que estava muito suado. Pingando de suor. Toquei nele e ele estava gelado.

A ‘’mana abençoada’’ chegou ao quarto, fez o mesmo e viu a gravidade da situação. Foi quando disse a ela que, ligasse para a emergência, pois era preciso removê-lo com urgência para o hospital.

Ela correu para ligar. Estava aflita não conseguia ler o número (minúsculo) da remoção no cartão do plano. Queria uma lupa e conseguiu ligar. Mesmo nervosa, ela não deixou a emoção tomar conta.Tinha que ser forte!

Enquanto eu passava a situação clinica para o médico, ela falava o tempo todo com ele, pois, ele não poderia dormir. Depois ficamos juntas com ele aguardando a ambulância.

Meu Deus! Foram os minutos mais angustiantes já vividos por nós. Assim como eu, ela rezava em silêncio. Como ele estava? Com lentidão de pensamento, suando muito, gelado e querendo dormir.

Com o meu oxímetro de dedo (aparelho que determina a quantidade de oxigênio no sangue), fiquei monitorando até que o médico chegasse. E como ele estava? Ainda gelado, suando muito, batimentos cardíacos baixos, com uma oxigenação não muito baixa, mas o pior é que ele já estava começando a ficar confuso mentalmente.

Graças a Deus, a equipe da Unimed chegou e detectou que ele estava com hipoglicemia (glicose 40 mg/dl). Qual seria o normal? O ideal seria 90 mg/dl. O que fizeram? Aplicaram ampolas de glicose (05) e aguardaram para a remoção.

Depois de estabilizá-lo, resolveram levá-lo para a ‘’unidade de graves’’. Era preciso melhorar o seu quadro clínico, não só pela idade, mas pela história de já ter tido um infarto há cerca de 5 anos.

Enfim, ele está bem agora. Ainda assustado com tudo que aconteceu! Confesso que, várias vezes disse ao nosso pai, antes da chegada dos médicos, que não o deixaria sozinho, ou melhor, que nós  estávamos ali.

O que eu estava fazendo? Segurava a mão dele enquanto a ‘‘mana abençoada’’ tentava deixar mais calma a nossa mãe. Não podíamos nos desesperar.

O certo é que, a lembrança da nossa infância veio à mente naquela hora... Ele segurando a  mão  da ''mana abençoada'' para que ela não caísse da mesa e eu ali para ele não ''cair em coma''.

Bem, resolvemos compartilhar com vocês algo tão pessoal, porque queremos alertar sobre a hipoglicemia, principalmente se a pessoa for diabética como o nosso pai, que se não houvesse sido atendido com excelência, teria morrido em nossa frente. Por isso, vamos deixa alguns links sobre hipoglicemia para alertar o perigo silencioso que muitos desconhecem os sintomas.





Fica o alerta!!

Bjs,
Alda e Vi