
Obaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Que
vontade de compartilhar um livro ‘’da raiz da mandioca’’. Sim, este foi escrito
por alguns dos nossos grandes contadores de história deste nosso lindo Pará.
Não me canso de ‘’garimpar’’
pelas livrarias, feiras de livros e até nos ‘’sebos’’ pérolas literárias, pois
acredito que existem excelentes escritores sejam paraenses ou não, com
obras-primas para serem garimpadas por leitores ávidos por conhecimento e que
amam, como eu, ler.
Pois bem, aqui compartilho o
livro ‘’Apanhadores de Histórias: Contadores de Sonhos, volume 1, que foi
organizado por Andréa Cozzi e Sônia Santos. Por sinal, estou fazendo um
curso de formação continuada de contadores de histórias da Paulinas. E a
paraense Andréa Cozzi faz a assessoria. Amooooo cada encontro, pois estou
aprendendo muitooooo. Mas vamos deixar de ‘’pavulagem’’ e vamos ao que
interessa.
O livro foi lançado pela Tempo
Editora, com as ilustrações de Maciste
Costa e os textos são de: Andréa Cozzi, Cassilda Mártyres, Dia Favacho,
Edvandro Pessoato, Heliana Barriga, Janete Borges, Antonio Juraci Siqueira e
Sônia Santos.
Quais as histórias Alda? Bem lá vai: Andréa
Cozzi, ‘’A mulher fofoqueira’’, Cassilda Mártyres, ‘’A Cobra
grande da Fábrica Bitar; Dia Favacho, ‘’O pote de ouro’’; Edvandro Pessoato, "Depois daquele encontro na
beira do rio’’; Heliana Barriga, ‘’O
homem de papel’’; Janete Borges "A velha que virava onça’’; Antonio
Juraci Siqueira, "A visagem zombeteira’’ e de Sônia Santos ‘’Uma história de Matinta’’.
Bem, o livro traz a história
e o resumo de cada autor. Interessante foi o relato de cada um ao responder a
pergunta: ‘’O que é contar pra você?’’.
Selecionei de 3 autores e
vou compartilhar por aqui:
ü ‘’Contar
histórias para mim é um ato tão natural e necessário quanto comer, dormir e
respirar...’’ (Antonio Juraci Siqueira)
ü ‘’Contar histórias é habitar a palavra semeando sonhos com crianças de todas as idades.
É compartilhar o prazer e a alegria de passear por paisagens inusitadas e
surpreendentes, além de compartilhar do sonho de dar acesso ao direito à memória
da palavra lida, contada, cantada e vivida por gerações e gerações... ’’ (Dia
Favacho)
ü ‘’Emaranhar-se
por fios de vida, tecidos por muitas vozes na teia do tempo. Compartilhar um
alinhavo, ponto caseado, ponto haste, e, ponto a ponto, ouvir os fiapos de voz e
espalhá-los até virarem novas tramas’’(Andréa Cozzi).
Enfim, um livro que merece
ser lido na íntegra pela riqueza de cada história, que está sendo repassada com
tanto entusiasmo e amor que o leitor até pode ver a "Cobra Grande" passar no
cantinho da página ou ouvir a vizinha fofoqueira fazendo ‘’das suas’’.
Bjs,
Alda de Cássia
*Imagem: Pinterest