quinta-feira, 17 de julho de 2014

Conto: A Amizade.





Se existe algo tão especial na vida de uma pessoa são os amigos. Amigos de todas as horas. Para todas as horas. Amigo que sorrir com você. Dá o ombro para chorar. Amigo que diz ‘’acorda pra vida’’. Que arranja um ‘’jeitinho todo especial’’ para dizer você está errado e coloca você ‘’nas alturas’’ quando deseja dizer o quanto gosta da sua amizade.

Por isso, resolvi deixar hoje, aqui no Blog, um conto sobre a Amizade. Pois, creio que só quem tem amigos leais, legais e para todas as horas saber o valor de uma amizade.

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‘’Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito ...’’. É um trecho da música de Milton Nascimento que fala do valor de uma amizade. Penso que amigos são pedaços de nuvens que os anjos jogaram do céu e que em terra transformaram-se em pessoas especiais. E, de tão especiais, fazem deste mundo um mundo melhor.

Há alguns seres humanos que são muito competitivos e egoístas. Existem os invejosos do teu sucesso. Aqueles que te colocam para baixo quando estás já “em baixo’’. Os que nada fazem para te ajudar porque o teu sucesso significa, na visão deles, a demonstração de que não são  bons o suficiente. Diante dessas coisas, a amizade verdadeira é um tesouro que poucos dão o valor merecido e os que sabem da sua importância cantam em verso e prosa a felicidade de tê-la em sua vida.

Quantos amigos tens? Amigos de risos e de choros? Amigos para todas as horas? Aquele que antes de dizeres que não estás bem, ele já te falou palavras de consolo? Amigos que não te cobram, que não te criticam? Que nos momentos mais difíceis, te estendem a mão amiga? Ah! Como faltam pessoas assim! Mas há gente que constrói muros invés de pontes, e, por isso, poucos ou nem amigos possuem.

Vou contar uma história sobre a amizade...

Havia duas inseparáveis amigas. A borboleta azul e a joaninha vermelha. Uma voava sem rumo certo e a outra de pés no chão corria atrás dos seus sonhos. A borboleta orgulhava-se por ser livre e a joaninha por mais que trabalhasse ainda era dependente.

Um dia resolveram fazer um passeio juntas. Como seria? A borboleta deu a sugestão de voarem e a joaninha de caminharem...

-          ‘’Sobe nas minhas costas que te levo ao céu. É muito bom ser livre. Faço o que quero. Vou em busca do que preciso. Já trabalhei com tudo um pouco. Hoje tenho o meu canto para trabalhar. Vamos! Venha voar comigo minha amiga Joaninha!”

-       ‘’Tenho medo de altura. Não quero me arriscar. Sou pé no chão, amiga! Tenho horário para tudo. Não tenho tempo para voar mais que uma hora...’’

Neste impasse elas ficaram até que a borboleta cedeu para a joaninha, que havia pedido para acompanhá-la em um passeio terrestre.

         Nunca havia andado tão perto do chão. Tudo era tão novo! Tentou fazer de conta que estava tudo bem. Mas, não estava! Tentou apreciar o passeio- era pedir demais! Então, voou sem se despedir da joaninha que sem saber o que ocorreu, parou no meio do caminho.

Passou-se muito tempo e até hoje a joaninha espera notícias da borboleta! Lembra das conversas e dos conselhos, da amizade que começou e que pelo jeito acabou para a borboleta....
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No livro O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o essencial é invisível aos olhos. A raposa diz ao Pequeno Príncipe:  ‘’...Tu  te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...’’. Então, pensa o quanto és importante para os teus amigos e eles são para ti, para que um dia ao perder um amigo não digas ... não o cativei ...

Bjs,
Alda