domingo, 23 de outubro de 2016

O olhar que fala



Eu costumo exercitar o poder da observação em meu dia a dia. Gosto de ‘’ler olhares’’. Sim, existem muitas pessoas que ‘’falam com os olhos’’.

Você já percebeu? Pessoas que falam sobre algum assunto especifico, mas não são coerentes com o tom da voz e o olhar. Como assim?

Não, não. A observação é só uma forma de me deixar mais atenta e perceptiva e não como forma de buscar mentiras ou dissimulações, pois, ninguém é obrigado a falar o que sente ou faz ao outro. Não é verdade?

Bem, eu vou me colocar como exemplo. Sim, quero mostrar que já fiquei com um ‘’olhar misterioso’’. Quando? O último foi quando evitei revelar às minhas amigas que o meu silêncio, assim como o meu afastamento do meio social, era para ‘’trabalhar’’ na conclusão do nosso livro.

Meus olhos queriam ‘’falar’’, mas aprendi com a nossa mãe, que não devemos ‘‘contar antes do tempo’’, pois o segredo é a arma do sucesso.

Tinha medo de não dar certo? Não, só não queria criar expectativas, pois já estávamos ‘’inquietas’’ aguardando a aprovação do projeto do livro há cerca de 3 meses.

Na verdade, os contos foram escritos ano passado e este ano publiquei. As reflexões são de tudo que ouvi durante as sessões terapêuticas, assim como da análise das atividades e algumas reflexões minhas, já que a partir das atividades, realizadas com materiais previamente selecionados e dos ‘’olhares que li’’, então fiz um texto mais enxuto e com uma ‘’roupagem’’ própria para ser publicado como trabalho de campo.

Enfim, quem for mais observador vai conseguir ‘’ler o meu olhar’’ e descobrirá que a felicidade após a publicação do nosso livro, "Contos Terapêuticos - À procura de respostas’’, transborda a cada dia, pois sei que posso contribuir com o aumento da autoestima e favorecer a qualidade de vida dos meus pacientes por meio dos contos.

Bjs,
Alda