Trabalhava na área de Pediatria. Atendia
as crianças do setor de Oncologia que faziam quimioterapia. Apesar de ser um
estágio supervisionado, evoluía nos prontuários, como terapeuta ocupacional, uma vez que eu já era formada, naquela época.
Quando um dia, uma das mães tendo que ir até a padaria, solicitou que eu
ficasse com o filho dela de quatro anos de idade, prontamente aceitei. E ela
foi!
Só que a criança passou mal. E, mesmo com todas as manobras de
reanimação, ela faleceu. Fiquei tensa. Era minha primeira experiência com a
morte de um paciente e, o pior, tendo que amparar a mãe após o recebimento da
notícia.
Nesse dia, a psicóloga havia faltado o plantão. Então me preparei. Apesar da tristeza, naquela hora eu era a
profissional e teria que agir com a razão e não com a emoção. Teria que amparar
e não se amparada.
Pois bem, ela chegou. E após receber a notícia ficou em ‘’choque’’. Levei-a
até a enfermaria, pois ela teria que
pegar uma roupa para colocar na criança.
De repente, ela pegou ‘’um par de meias’’ e disse: ’’Ele vai sentir frio
para onde vai. Coloquem isso no meu
filho’’. Eu e a enfermeira lagrimamos, mas fizemos o que ela havia pedido.
A notícia da morte é sempre ‘’dolorosa’’ para quem a recebe, mas, para
uma mãe, ela é ‘’devastadora’’. Mesmo assim, a mãe nunca se esquece de proteger
o seu filho, nem quando ele já morreu... Mãe é mãe!!
Confesso: Até para uma terapeuta ocupacional
é muito difícil lidar com o luto pela morte de uma pessoa querida. Ontem, Deus levou para perto Dele um amigo. Um
‘’pai Apaeano’’. Nosso amigo de longas datas. Fui forte, mas fui vencida pela ‘’dor
da perda’’.
Minhas lágrimas chegaram como ‘’cachoeira’’
na madrugada. Procurei conforto na oração. Foi difícil!Busquei uma ‘’palavra
amiga’’. Não consegui ser confortada. Resignar... Foi a palavra que veio em meus pensamentos. Fui tentar dormir. Pedi para Deus conforto... Algo
aconteceu!!!
Fui envolvida por uma forte energia.
O choro deu lugar a sensação. Qual?Senti uma energia ‘’quente e intensa’’ nas mãos. A
energia percorria todo o meu corpo. O que aconteceu? Penso que, Deus colocou suas
mãos entre as minhas... Dormi!
Vai ser uma manhã de despedidas, mas
estou plena, pois, sei que Deus chamou o ‘’seu filho’’ de volta! Deus não leva
quem amamos... Ele chama de volta!Cada um no tempo Dele. A saudade vai ficar assim
como, muitas lembranças boas.
Suas palavras de luta pelo
Movimento Apaeano estão ‘’vivas’’! Será ‘’nossa bandeira’’! Eu e a ''mana abençoada'' estamos ''sem chão'', mas ele deixou o seu legado...Vamos continuar em missão de amor!
Que ele tenha um ‘’novo
despertar’’!
Bjs,
Alda