quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Conto terapêutico : As mãos






Com uma reflexão começo hoje, o nosso bate-papo!Este conto: ’’As mãos’’, fala um pouco dessa busca interior. Da necessidade do encontro consigo e com o outro.Da simbologia que as mãos possuem para estreitar esta ‘’ponte ‘’ que vai ao encontro do outro.

Espero que você goste deste conto que criei!!!

Era uma vez, uma menina chamada Paula que questionava sua mãe...


‘’ Para que servem as mãos mamãe? ‘’ (falou Paula, 05 anos)

- ‘’Servem para fazer carinho,  jogar beijos quando encostadas perto à boca,  chamar o outro  quando queremos vê-lo sentado junto à nós em uma festa, dar aceno de adeus,  enxugar as lágrimas do outro a quem estamos confortando ou esconder as nossas que caem após uma perda ou decepção. Quem tem deficiência auditiva às usa como forma de comunicação. Mas, também servem para empurrar, machucar, falar mal e ferir o outro. Infelizmente!”(Falou Vera)

‘’ As minhas, mamãe, servem para comer!!!!’’ (falou rindo Paula)

-  ‘’ É verdade filha!!!” (Concordou Vera). E continuou a conversa com a filha.

- “Lembro, quando eu era pequena, que minha mãe dizia: ‘’Segure na minha mão. Vamos atravessar esta rua... ’’. Mas, também me lembro das palmadas que eram consideradas “educativas’’ na época, que levava nas pernas após alguma ‘’peraltice’’ feita e ainda vinha a justificativa:  “eu bato em você, pois pelo menos vão ficar mais grossas e você aprende a se comportar.

Outro dia, minha amiga Joana falou que batia no bumbum da filha, quando ela falava para não fazer... Ela fazia! E, quando batia no seu bumbum, ela ouvia. “Então, provavelmente, a filha tinha ‘‘ouvido” no bumbum, também.

Hoje, existe uma lei que condena tal ato, porque se subtende que seja uma agressão física contra uma criança, mas, na época dela não existia, pois era significado de correção.

Lendo minha caixa de histórias, cataloguei uma que me faz repensar muito, quando me vejo preocupada com a necessidade que temos de acumular bens materiais.

Vera conta uma história:

Certa vez, um franciscano resolveu deixar sua vida de luxo para ir em busca de respostas para a sua vida, buscar o seu verdadeiro ‘’eu’’, a essência que nos faz ‘’mais leves’’ espiritualmente.

Levou ao sair de casa, uma mochila com alguns pertences, só que como era  pesada teve que deixá-la pelo caminho e só uma vasilha resolveu carregar. Já no riacho, ao se abaixar para pegar água, viu seu único objeto material descer pelas águas afora. Então, pediu a Deus sabedoria para resolver aquela situação. Foi nesta hora que usou suas mãos em forma de concha e bebeu daquela água. Assim teve a certeza de que não precisava carregar nada  de material para seguir o caminho em busca da sua paz interior. Porque tudo que tinha estava em suas mãos..”

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  Minha reflexão:

O homem chegou à lua, mas não consegue chegar ao seu interior e descobrir-se! Descobrir o que realmente é! Quais são seus sonhos e seus objetivos de vida? O que dá sentido a sua vida? Nesta reforma íntima, libere os sentimentos que possam adoecer o seu corpo e a sua alma. Repense atitudes! Amadureça emocionalmente, engrandeça suas qualidades e trabalhe duro para evitar que seus defeitos sejam exaltados e perpetuados pelas suas ações.

O mundo precisa de pessoas de coração puro! Revolucionárias, que buscam fazer o bem!




Alda de Cássia
*Arte: Vitória de Cássia