domingo, 21 de março de 2021

Super dica de leitura : Contos Terapêuticos: A Roda Gigante e outras histórias

 

O que vamos compartilhar hoje? Um conto terapêutico do nosso segundo livro lançado em Outubro deste ano. Bem, o nome do livro é ‘’Contos Terapêuticos: A Roda Gigante e outras histórias’’ que foi lançado com o selo da editora Paka-Tatu e teve a revisão da Sylvia Calandrini, a diagramação de Carneiro Design com a capa e ilustração da mana abençoada Vitória de Cássia.


Qual o conto? O primeiro conto é : ‘’As fantasias ‘‘. Devido ao espaço não vamos colocar o ‘‘Para Refletir’’, mas todos os 10 contos que compõe este livro possuem uma reflexão. Ah! Não é um livro de auto-ajuda e sim contos com poder terapêuticos que vão levar você a refletir e ir em busca de suas respostas.

Por enquanto, ele só está sendo vendido na banca do ‘’Pedro’’ que fica na Presidente Vargas para quem mora em Belém e logo vamos vendê-lo em sites especializados por vendas literárias. Ok?




Vamos lá!


                           AS FANTASIAS


Em um guarda-roupa, as fantasias conversavam entre si.

Foram feitas durante o ano passado. Uma a uma confeccionadas à mão. Cheias de detalhes, já que eram fantasias de carnaval.

Uma mais bela que a outra.

Era tarde da noite, a costureira Jamília dormia após a confecção de sua última fantasia, a de monge tibetano.

Era simples e, por isso, ela não quis deixar que ficasse malacabada,cheia de linhas soltas ou alinhavadas de forma incorreta.

Quando já estava a ponto de desligar a máquina, lembrou-se que a mãe de Vitor havia encomendado uma fantasia de pancho paraguaio. No Paraguai essa é uma roupa típica e que tem o cântaro como dança. Ele ultimamente gostava de procurar no Youtube vídeos da música Galopeira, do compositor paraguaio Maurício Cardoso.

Vitor cantava: Foi num baile em Assunção, capital do Paraguai, onde eu vi as paraguaias sorridentes a bailar... pra matar minha saudade, pra minha felicidade. Paraguai, eu voltarei... Pra minha felicidade, Paraguai, eu voltarei.

Pronto! Cansada, Jamília foi dormir. Mal sabia que as fantasias planejaram fazer o carnaval antecipado dentro do armário. Elas sabiam que, após serem vendidas, dificilmente encontrar-se-iam novamente.

Cada uma dançava ao som de Mamãe, eu quero...Oh jardineira, porque estás tão triste?..., entre outras pérolas dos carnavais antigos. Elas balançavam presas no cabide, mas sem perder a magia. Empolgadas, sorriam e pulavam naquele lugar tão apertado. Mas estavam animadas e felizes.

A fantasia de super-herói dizia ser “invencível” na preferência dos foliões; a de Chapeuzinho Vermelho, “Eu sou a fantasia de todos os carnavais”; a da Branca de Neve, junto com os sete anões, era pura agitação. No canto, estava a fantasia do Rei Artur. Triste, ela isolou-se das demais!

A fantasia do monge tibetano demorou para perceber a tristeza da amiga, já que estava em contemplação. Chegando até ela, perguntou o motivo do seu isolamento. Foi quando a fantasia do Rei Artur disse que sua fantasia era a mais rica de todas as que estavam no armário, mas isso não a deixava feliz, até porque sabia que, quando vendida, pouquíssima chance teria de rever suas amigas, pois seria usada por alguém muito rico, que certamente colocaria seguranças para afastar-se de possíveis ladrões e, assim, das outras fantasias do baile já que estava com pedras preciosas costuradas em cada detalhe da roupa.

A fantasia do monge disse então: “O nobre indiano Siddharta Gautama, o Buda, um dia dando um conselho a um senhor que buscava a iluminação mencionou que ‘o ser humano é a soma de tudo o que disse e fez’. Então, você vale pelo que é e não pelo que possui. Seja livre para ser o que você é. Nem que seja só por hoje! Junte-se a nós! Também irei participar junto com você”.

Enfim, espero que você tenha gostado e o tema de reflexão será sobre os valores morais! Aqui deixo uma mensagem especial para você:


‘’Se um dia alguém disser: ‘’Esqueça este sonho, ele não vai ser realizado!’’. Diga: "Nas mãos de Deus, ele já foi colocado, só estou esperando a hora para agradecer se for do meu merecimento’’.



Alda de Cássia