Ela vivia tentando encontrar
um foco de luz, mas só sentia o seu calor. Não sabia bem o que era, porém, aquecia
logo no inicio da manhã o seu corpo.
_ Não me vejo mais aqui. Já
estou cansada de esperar. O que me esperar lá fora? Bem, não sei, mas quero espaço.
Quero sentir a sensação de liberdade. Quero voarrrrrrrrrrrrrrrr!!
Quase todo o dia era assim. Acordava
sem vontade, com corpo mole e com pouco vigor. Estica, mexe e pausa para descansar.
O dia vai embora. A noite chega e com ela a sensação de vazio.
_ Quem canta acolá? Quem faz
sombra na minha casa? O que existe fora daqui? Talvez parar de respirar seja a
solução.Será? Não me sinto mais aqui. Por quêeeeeeeeeeeeeeeeeeee?
O dia chega. Um buraco
lentamente se abre na tela verde. Os raios de sol entram e queimam o corpo
adormecido daquela que um dia seria a mais bela das borboletas, mas agora um
líquido verde sai de um corpo mole e sem vida.
O vento continua o seu bailar.
Os bem-te-vi a cantarolar. O
João-de-barro não mais vê seu vulto naquele casulo o sol aquece a vida naquela
floresta e vai espalhar seus raios de luz mesmo que um dia você, sim você, desista de si.
Não desista de si, por favor!
Bjs,
Alda de Cássia
*Ilustração: Vitória de Cássia