
Quem nunca desejou ouvir uma
palavra de consolo, de carinho ou de incentivo no momento que a tristeza
chegava de ‘’malas e cuias’’? Bem, confesso que já me calei em desalento, e não
conseguia ver ‘’a luz no final do túnel’’ até que Deus enviava um de seus
filhos para uma palavra: ‘‘Estou aqui. Conte comigo!’’ Ou me permitia ver alguém
precisando de ajuda, daí compreendia: ‘’A dor do desalento bate em todas as
portas...Não sou a única que precisa de ajuda!’’
Receber a noticia de um
filho doente ou a perda de um ente querido é sempre devastador. O chão ‘’se
abre’’, ‘’cegueira’’ da realidade se instala e o desespero chega ao ponto mais alto:
’’Não aceito!’’...Daí, uma palavra certa na hora certa faz toda a diferença.
Ah! A palavra certa na hora certa...
Palavra falada ou dita pelo olhar. A experiência de atender pacientes na UTI me
fez ver com ‘’os olhos do agora’’ a necessidade de tentar interpretar cada ‘’meio
sorriso’’, cada lágrima caída ou cada ‘’olhar
de desolação’’. Por isso, optei, também, pela contação de histórias como forma
de ‘’desenhar um sorriso ‘’ em cada fim de atendimento terapêutico.
Pois bem, amanhã conto a
história que contei para o paciente (mais de 1 mês na UTI), na véspera da sua
alta para a enfermaria e que depois, já na enfermaria fez o que eu havia
sugestionado na ‘’moral da história’’ ao fim do conto.
Alda de Cássia
*Imagem: Mercado Livre
*Imagem: Mercado Livre