terça-feira, 7 de agosto de 2018

Livro: Apanhadores de Histórias: Contadores de Sonhos – Volume II










Aqui estou... Uhuuuu! Quero compartilhar o segundo livro do ‘’Apanhadores de Histórias: Contadores de sonhos’’, que recebi de presente de aniversário da minha mestra contadora de história, a paraense, Andréa Cozzi.

Quem nos acompanha por aqui, sabe que já compartilhei o volume I do livro, também lançado pela Tempo Editora, tendo Andréa Cozzi e Sônia Santos como organizadoras  e com as belíssimas ilustrações de Maciste Costa.

Pois bem, não me canso de dizer que aqui ‘’Pelo Pará’’, temos muitasssss histórias para contar. Até lembro das histórias que eu e ’’a mana abençoada’’ ouvíamos quando éramos crianças desse universo de lendas da Amazônicas.

Lembro que morávamos em uma casa em Mosqueiro quando à noite ‘’morríamos’’ de medo ao ouvir um som estranho vindo do telhado. O que era?

O rapaz que trabalhava em casa dizia que era ‘’a tal mucura’’, mas eu e a mana desconfiávamos que era algum ‘’encantado’’ que saia dos livros que líamos e que resolvia nos ‘’apavarorar’’.

O escritor paraense Antonio Juraci Siqueira, chamado de ‘’Jura’’, inicia dizendo: ‘’E só então entenderás que nossas histórias não têm ponto final, têm reticências de onde poderás partir em novas e eternas viagens ao reino do faz de conta. E então? Esta viagem está apensas começando...Vambora?’’

Vamboraaaaaaaaaaaaa, ''Jura'' e sem muita pavulagem, mano!!!

São 8 contos nesta coletânea: Começando com ‘’O igarapé encantado’’ por Andréa Cozzi, ‘’Eu vi a matinta’’, Cassilda Mártyres; ‘’Yaci, a encantada’’ de Dia Favacho; ‘’História sem pé nem cabeça’’, de Edvandro Pessoato; ‘’O menino e mania de palhaço’’, de Heliana Barriga; ‘’Célia e o boto cor-de-rosa’’, de Janete Borges; ‘’Assombração do Curupira’’, de Antonio Juraci Siqueira, e ‘’Uma história de Boiúna’’, de Sônia Santos.

Qual vou contar um ‘’pouquito’’? A "assombração", de Antonio Juraci Siqueira, pois lembrei-me que era uma daquelas lendas que me deixava ‘’encucada’’. Sim, como um anão muito ágil e de cabelos ruivos, que era considerado o protetor das florestas, conseguia correr se seus pés eram voltados para trás?

Vamos lá!

Juraci conta que um casal morava muito longe das cabeceiras do rio que morava com seus dois filhos. Que tinham 7 e 8 anos de idade. O marido ‘’’se embrelhava’’ pelo seringal e a  esposa, quando não fazia o mesmo, ficava em casa cuidado dos serviços domésticos. O fato é que, quando ela escutava um tiro logo gritava’’ Me dá um pedaço’!’’.

De que? ’’Sei lá!’’(rs). Só sei que o marido chamava sua atenção, mas ela ‘’não se emendava de jeito nenhum’’ até que um dia veio um homenzinho muito esquisito trazendo uma cabeça de macaco e pedindo para ela cozinhar.

Muito esquisito Alda? Sim, ele tinha o corpo coberto de feridas, cabelos longos embaraçados, barba por fazer, unhas grandes e sujas e os pés virados para trás.

Credooooooo! Deus. PAI!!! Mas, vamos que a história só está no começo e o ‘’Jura’’ caprichou nos detalhes. Ahhhh, ele conta como se estivesse falando com o leitor ‘’ao pé do ouvido’’.

Pois bem, a mulher ao abrir a panela viu algo que a fez sair correndo para a canoa, que já estava com o filho dentro.Bom, que se saiba que o ‘’tal homenzinho estranho’’ já tinha dito ao menino que esperasse a mãe.

O que aconteceu? Só para ‘’matar a curiosidade um pouquinho’’ e fazer você querer ler na íntegra, o curupira ao ver que a mulher saiu correndo arremessou a cabeça de macaco dentro do barco e ‘’mano (a)’’ a  ‘’caboclinha’’ pirou no ‘’batatão’’e  a história é ‘’tão boa’’ que o fim não poderia ser melhor ainda.

Super e mega dica de leitura!
Vale ser lido na integra!!!

Bjs,
Alda de Cássia

*Imagem: Baquara Studio