quinta-feira, 2 de junho de 2016

A mudança começa em mim?



Creio que sim! Porque não adianta cobrar do outro mudanças, se você não muda também.Dias desses, em um atendimento terapêutico com um paciente hospitalizado, detectei uma contradição.

Bem, o caso era de uma paciente que estava internada com o diagnóstico de um AVC (acidente vascular cerebral) e que estava com certa dificuldade de organizar os pensamentos , já que alguns pensamentos estavam fora do contexto naquele minuto.

Sua mãe dizia que ela bebia muito e por isso, estava ‘’do jeito que estava’’. Fiz a orientação tempo e espaço com a paciente e colhi os dados que a levaram a internação.

Nessa hora, a paciente olhou para a mãe e disse: ’’Ela também bebeu!’’. Naquele instante, a mãe riu ‘’toda desconfiada’’ e ficou em silêncio. Fiz a mediação e dei o suporte terapêutico naquela hora.

Eu e elas refletimos sobre os cuidados com a saúde, visando a qualidade de vida. Informações sobre o diagnóstico, as sequelas motoras e o processo de reabilitação foram repassados, assim como a necessidade de elaborar a doença e o adoecer.

Durante o período de intervenção, as sessões terapêuticas foram realizadas. Com atividades auto expressivas.Uso de colagem,por exemplo.

Fiz uma reavaliação e concluir: Teorias não valem se não houve a prática, ou seja, não adianta dizer que vai ser ‘’tudo diferente’’ se a pessoa não acreditar que a mudança seja necessária e que assumir a responsabilidade pelo autocuidado, possibilita busca pela qualidade de vida.

É claro, que ela terá que participar de sessões de terapia ocupacional e fisioterapia, assim como de psicologia, pois apresentou conflito em querer mudar e não sentir capacitada para mudanças.

E você, o que acha?Onde começa a mudança?

Bjs,

Alda