Creio que sim! Porque não
adianta cobrar do outro mudanças, se você não muda também.Dias desses, em um
atendimento terapêutico com um paciente hospitalizado, detectei uma
contradição.
Bem, o caso era de uma
paciente que estava internada com o diagnóstico de um AVC (acidente vascular cerebral) e que estava com certa dificuldade de organizar os pensamentos , já que alguns pensamentos
estavam fora do contexto naquele minuto.
Sua mãe dizia que ela bebia
muito e por isso, estava ‘’do jeito que estava’’. Fiz a orientação tempo e
espaço com a paciente e colhi os dados que a levaram a internação.
Nessa hora, a paciente olhou
para a mãe e disse: ’’Ela também bebeu!’’. Naquele instante, a mãe riu ‘’toda
desconfiada’’ e ficou em silêncio. Fiz a mediação e dei o suporte terapêutico
naquela hora.
Eu e elas refletimos sobre
os cuidados com a saúde, visando a qualidade de vida. Informações sobre o
diagnóstico, as sequelas motoras e o processo de reabilitação foram repassados,
assim como a necessidade de elaborar a doença e o adoecer.
Durante o período de intervenção,
as sessões terapêuticas foram realizadas. Com atividades auto expressivas.Uso de colagem,por exemplo.
Fiz uma reavaliação e
concluir: Teorias não valem se não houve a prática, ou seja, não adianta dizer
que vai ser ‘’tudo diferente’’ se a pessoa não acreditar que a mudança seja
necessária e que assumir a responsabilidade pelo autocuidado, possibilita busca
pela qualidade de vida.
É claro, que ela terá que
participar de sessões de terapia ocupacional e fisioterapia, assim como
de psicologia, pois apresentou conflito em querer mudar e não sentir capacitada
para mudanças.
E você, o que acha?Onde
começa a mudança?
Bjs,
Alda