O que vamos compartilhar hoje? Um conto terapêutico do nosso segundo livro lançado em Outubro deste ano. Bem, o nome do livro é ‘’Contos Terapêuticos: A Roda Gigante e outras histórias’’ que foi lançado com o selo da editora Paka-Tatu e teve a revisão da Sylvia Calandrini, a diagramação de Carneiro Design com a capa e ilustração da mana abençoada Vitória de Cássia.
Qual o conto? O primeiro conto é : ‘’As fantasias ‘‘. Devido ao espaço não vamos colocar o ‘‘Para Refletir’’, mas todos os 10 contos que compõe este livro possuem uma reflexão. Ah! Não é um livro de auto-ajuda e sim contos com poder terapêuticos que vão levar você a refletir e ir em busca de suas respostas.
Por enquanto, ele só está sendo vendido na banca do ‘’Pedro’’ que fica na Presidente Vargas para quem mora em Belém e logo vamos vendê-lo em sites especializados por vendas literárias. Ok?
Vamos lá!
AS FANTASIAS
Em um guarda-roupa, as fantasias conversavam entre si.
Foram feitas durante o ano passado. Uma a uma confeccionadas à mão. Cheias de detalhes, já que eram fantasias de carnaval.
Uma mais bela que a outra.
Era tarde da noite, a costureira Jamília dormia após a confecção de sua última fantasia, a de monge tibetano.
Era simples e, por isso, ela não quis deixar que ficasse malacabada,cheia de linhas soltas ou alinhavadas de forma incorreta.
Quando já estava a ponto de desligar a máquina, lembrou-se que a mãe de Vitor havia encomendado uma fantasia de pancho paraguaio. No Paraguai essa é uma roupa típica e que tem o cântaro como dança. Ele ultimamente gostava de procurar no Youtube vídeos da música Galopeira, do compositor paraguaio Maurício Cardoso.
Vitor cantava: Foi num baile em Assunção, capital do Paraguai, onde eu vi as paraguaias sorridentes a bailar... pra matar minha saudade, pra minha felicidade. Paraguai, eu voltarei... Pra minha felicidade, Paraguai, eu voltarei.
Pronto! Cansada, Jamília foi dormir. Mal sabia que as fantasias planejaram fazer o carnaval antecipado dentro do armário. Elas sabiam que, após serem vendidas, dificilmente encontrar-se-iam novamente.
Cada uma dançava ao som de Mamãe, eu quero..., Oh jardineira, porque estás tão triste?..., entre outras pérolas dos carnavais antigos. Elas balançavam presas no cabide, mas sem perder a magia. Empolgadas, sorriam e pulavam naquele lugar tão apertado. Mas estavam animadas e felizes.
A fantasia de super-herói dizia ser “invencível” na preferência dos foliões; a de Chapeuzinho Vermelho, “Eu sou a fantasia de todos os carnavais”; a da Branca de Neve, junto com os sete anões, era pura agitação. No canto, estava a fantasia do Rei Artur. Triste, ela isolou-se das demais!
A fantasia do monge tibetano demorou para perceber a tristeza da amiga, já que estava em contemplação. Chegando até ela, perguntou o motivo do seu isolamento. Foi quando a fantasia do Rei Artur disse que sua fantasia era a mais rica de todas as que estavam no armário, mas isso não a deixava feliz, até porque sabia que, quando vendida, pouquíssima chance teria de rever suas amigas, pois seria usada por alguém muito rico, que certamente colocaria seguranças para afastar-se de possíveis ladrões e, assim, das outras fantasias do baile já que estava com pedras preciosas costuradas em cada detalhe da roupa.
A fantasia do monge disse então: “O nobre indiano Siddharta Gautama, o Buda, um dia dando um conselho a um senhor que buscava a iluminação mencionou que ‘o ser humano é a soma de tudo o que disse e fez’. Então, você vale pelo que é e não pelo que possui. Seja livre para ser o que você é. Nem que seja só por hoje! Junte-se a nós! Também irei participar junto com você”.
Enfim, espero que você tenha gostado e o tema de reflexão será sobre os valores morais! Aqui deixo uma mensagem especial para você:
‘’Se um dia alguém disser: ‘’Esqueça este sonho, ele não vai ser realizado!’’. Diga: "Nas mãos de Deus, ele já foi colocado, só estou esperando a hora para agradecer se for do meu merecimento’’.
Alda de Cássia