sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Oito dicas para ativar e turbinar a memória




Você é daquele tipo que costuma esquecer onde deixou o celular várias vezes ao dia? E é comum você já estar no carro e ter de voltar para casa para conferir se fechou mesmo a porta ou se não deixou a tevê ligada? 

Médicos neurologistas garantem que esse tipo de situação é mais comum do que se pensa. A boa notícia é que um “branco” na memória de vez em quando não quer dizer que você tenha algum problema mais sério. “Se você está nervoso, distraído ou estressado, sua atenção fica dispersa e é comum ter dificuldade de se lembrar de algumas coisas. 

O problema é quando esse quadro é repetitivo. Nesse caso, é bom consultar um médico”, explica o médico neurologista e membro titular da Academia Brasileira de Neurologia (Abneuro) Luiz Carlos Benthien.

 Para fugir desses lapsos, não há receita mágica, mas algumas dicas fazem diferença para manter a memória afiada mesmo com o passar dos anos. A principal é estimular a mente e se organizar. “Todos os dias, somos bombardeados por milhares de informações, preocupações e exigências, então não é possível se lembrar de tudo o que aconteceu no seu dia. Mas, quando você elege prioridades, foca no que é relevante e mantém a atenção e a concentração direcionadas, fica muito mais fácil não se esquecer do que era importante.” 


Para ajudar nessa tarefa, a Gazeta do Povo mostra oito recomendações que ajudam a estimular a memória:

1 - Bom humor

É comum que, em um período de tristeza, nervosismo, angústia, desmotivação, luto, ansiedade, depressão ou estresse, a pessoa tenha sua capacidade de atenção e concentração diminuída, o que interfere diretamente na ativação da memória. Por isso, mantenha o bom humor, fuja de situações que provocam estresse e tire algum tempo do dia para descansar, fazer atividades prazerosas e se divertir.

2 - Sem milagres
Basta uma busca rápida na internet para ver uma lista de plantas e substâncias que prometem melhorar a memória, como o ginkgo biloba. Segundo os especialistas, nada disso tem comprovação científica. Siga apenas a prescrição médica. A medicação para Alzheimer também não tem ação preventiva, não melhora a memória de quem não tem a doença e causa efeitos colaterais nocivos a quem não teve o problema diagnosticado.

3 - Exercícios físicos
É comprovado: quanto mais ativa uma pessoa é, menor a probabilidade de ter distúrbios de memória. E os especialistas garantem que, além de ter uma atividade mental produtiva, com muita leitura, por exemplo, é fundamental exercitar o corpo. O ideal é fazer pelo menos 150 minutos de atividade física por semana: 50 minutos três dias da semana ou 30 minutos cinco dias da semana. Marque a avaliação médica antes de começar, para determinar o exercício mais adequado para sua idade e seu tipo físico.

4 - Descanso
Enquanto dormimos o conhecimento é “sedimentado” no cérebro, por isso a fase de sono profundo é essencial para lembrar aquilo que leu, ouviu ou sentiu durante o dia. Mas vale uma ressalva: dormir bem não quer dizer dormir muito e mais vale a qualidade (com uma noite tranquila, sem interrupções) que a quantidade de sono. Cada pessoa precisa de um tempo diferente para descansar, mas acordar cansado e ficar desconcentrado durante o dia são sinais de que se deve procurar um médico.

5 - Agenda
Não adianta: se você tem vários compromissos por dia, precisa se lembrar de várias senhas ao mesmo tempo e não pode se atrasar para nada, não vai conseguir fugir da boa e velha agenda para organizar sua rotina. Para quem é mais tradicional, pode ser aquele modelo convencional, de papel. Para os mais modernos, manter uma agenda no celular ou no computador também funciona. Algumas empresas oferecem aplicativos de celular que também ajudam a organizar os horários durante o dia.

6 - Concentração
Nossa capacidade de lembrar está diretamente ligada à atenção que damos a elas. Se você não consegue se concentrar na leitura de um livro ou sai apressado – e desatento – de casa todos os dias, por exemplo, não vai memorizar essas ações e é natural que termine de ler a obra e seja incapaz de resumir o enredo. Ou chegue até o carro e não se lembre de ter fechado a porta de casa. Por isso, comporte-se de maneira consciente e se concentre principalmente em detalhes que possam ajudá-lo a se recordar das situações posteriormente.

7 - Rotina
Se você costuma chegar em casa após um dia de trabalho ou estudo e jogar a bolsa para um lado, os sapatos para o outro, deixar o celular em qualquer canto e depois tem dificuldades para se lembrar onde deixou suas coisas, não se preocupe: seu problema é desorganização, e não falta de memória. Crie uma rotina e comece a guardar tudo nos mesmos lugares, onde sempre poderá encontrá-los.

8 - Atividade
A ciência ainda não provou que ler, jogar xadrez, fazer palavras cruzadas e ouvir música ajudam a conservar a memória, mas não custa tirar alguns minutos por dia para exercitar seu cérebro. Quanto mais você puder manter sua mente em atividade, melhor. O ideal é optar por livros, jogos e músicas que lhe deem prazer, o que aumenta as chances de o cérebro transformar essas informações em registros.

Fontes: Luiz Carlos Benthien, médico neurologista, geriatra e gerontólogo e membro titular da Abneuro; e Viviane Flumignan Zétola, médica neurologista do Hospital Marcelino Champagnat e do Hospital de Clínicas (HC) da UFPR.

*Pesquisa para o Blog Diário das Gêmeas Paraenses:Vitória de Cássia