Vou contar hoje mais um ‘’causo de família''por aqui. É bem assim ... Nosso saudoso avô, Antônio, era um homem muito
organizado em suas finanças e deve ser por isso que nossa mãe diz que ele
tinha uma agenda só para escrever as ‘’contas pinduradas’’ até o final do mês
na taberna perto da sua casa.
Assim que recebia, ele
chegava como dono da taberna e acertava as contas. Quando sobrava um ‘’dinheirinho’’, ele fazia a festa da garotada da rua, pois comprava sacos de balas para todas.
Uma vez, perguntei à nossa
mãe: ‘’Mãe, o dono da taberna dava recibo para o vovô após o pagamento?’’. Ela
respondeu que não, pois o nosso avô Antônio dizia que a palavra de um homem deve
falar mais que uma assinatura em um papel, pois ele deve honra o que diz e faz. Para isso ele mostrava o caráter
de uma homem e, devia ser essa a razão, que ele confiava que suas dividas estavam
quitadas a partir daquele pagamento.
Enfim, eu e a ‘’mana
abençoada’’ fazemos assim. Algumas pessoas até hoje não prestaram contas de
seus débitos com a gente, mas apesar do nosso prejuízo, isso é bom, pois sabemos
hoje que o pensamento do nosso avô é indiscutível.
Bjs,
Alda de Cássia
*Arte: Vitória de Cássia