terça-feira, 26 de setembro de 2017

Honrar a palavra



Vou contar hoje mais um ‘’causo de família''por aqui. É bem assim ... Nosso saudoso avô, Antônio, era um homem muito organizado em suas finanças e deve ser por isso que nossa mãe diz que ele tinha uma agenda só para escrever as ‘’contas pinduradas’’ até o final do mês na taberna perto da sua casa.

Assim que recebia, ele chegava como dono da taberna e acertava as contas. Quando sobrava um ‘’dinheirinho’’, ele fazia a festa da garotada da rua, pois comprava sacos de balas para todas.

Uma vez, perguntei à nossa mãe: ‘’Mãe, o dono da taberna dava recibo para o vovô após o pagamento?’’. Ela respondeu que não, pois o nosso avô Antônio dizia que a palavra de um homem deve falar mais que uma assinatura em um papel, pois ele deve honra  o que diz e faz. Para isso ele mostrava o caráter de uma homem e, devia ser essa a razão, que ele confiava que suas dividas estavam quitadas a partir daquele pagamento.

Enfim, eu e a ‘’mana abençoada’’ fazemos assim. Algumas pessoas até hoje não prestaram contas de seus débitos com a gente, mas apesar do nosso prejuízo, isso é bom, pois sabemos hoje que o pensamento do nosso avô é indiscutível.

Bjs,

Alda de Cássia 

*Arte: Vitória de Cássia