domingo, 19 de novembro de 2017

LIVRO: A àguia e a Galinha



Um livro para ler e refletir. Um dos mais interessantes que já li e olhe que não foram muitos que posso dizer que valeram a pena ter lido. Qual? ‘’A Águia e a Galinha’’, do escritor Leonardo Boff, que traz uma metáfora da Condição Humana e que foi lançado pela editora Vozes.

Bem, interessante quando ele diz em uma das suas reflexões iniciais, que cada leitor parece fazer uma releitura daquilo que o escritor escreveu, tendo cada um lendo com um olhar só seu.

Concordo até como ele mesmo menciona que este olhar está ligado à nossa experiência de vida e até do que estamos vivenciando atualmente.

A identificação foi imediata! Já que, ao criar meus personagens nos dois livros já lançados, eles são universais e frutos de meus olhares que povoam as leituras que já fiz até hoje.

Alguns se identificam com eles, como uma paciente e hoje amiga, que me confessou após terminar de ler o primeiro livro ‘’Contos Terapêuticos: Á Procura de Respostas’’... ’’Parece que você fez pra mim!’’.

Vamos lá!

Leonardo Boff conta a história de James Aggrey, que era um educador em Gana, que durante uma solenidade fez um discurso onde utilizou uma historia criada por ele da ‘’Águia e da Galinha’’, para dizer ao seu povo que era necessário se libertar da opressão inglesa e que a liberdade estava na consciência de cada um.

A história era de uma águia que foi criada como uma galinha, até que um dia um naturalista disse ao fazendeiro que ela, como águia, deveria ser criada como águia e não como galinha.

O fazendeiro retrucou, dizendo que agora era galinha e não águia! Em resumo, o naturalista conseguiu provar que a águia é águia, pois nasceu como águia e nem mesmo o meio seria capaz de neutralizar o seu potencial de voar e não de ficar ciscando como as galinhas.

Acabou por aí? Não, não, pois Leonardo conseguiu criar uma metáfora desta história usando a águia e a galinha como personagens, só que desta vez, ele criou uma fábula.

A história criada foi em forma de Midraxe-Hágada, de origem hebréia, que nos faz refletir sobre a condição humana e nos ‘’povoa’’ de sabedoria da primeira página até o último parágrafo.

Enfim, não quero deixar de citar que Aggrey disse: "Cada pessoa tem dentro de si uma águia. Ela quer nascer. Sente o chamado das alturas. Busca o sol. Por isso, somos constantemente desafiados a libertar a águia que nos habita.

E, deve ser por isso, que o meu desejo de continuar sendo águia, só aumentou, pois nasci águia mesmo tendo em alguns momentos sido tratada como galinha domesticada quando escolhi voar pelo mundo literário.

Super dica de leitura!

Bjs,
Alda de Cássia

*Imagem:Mercado Livre

IPAMB – Prêmio de Literatura


Pois bem, este livro contém textos poéticos e em prosa. Os autores são os servidores públicos da Prefeitura de Belém e que teve patrocínio não só da Prefeitura de Belém, como também das farmácias Big Bem e Extra Farma e que traz belas fábulas e crônicas, todas com uma beleza estética que apresenta a nossa linda Belém do Pará, a cidade das Mangueiras com um olhar refinado e encantador.

 Foi a "mana abençoada" que me deu de presente e agora posso presentear você, que gosta de uma boa poesia e belas fábulas. Escolhi uma fábula  para compartilhar, entre tantos textos que mostram uma Belém que poucos conhecem e que muitos vão viajar no tempo.

Antes menciono que os textos estão nas categorias ‘’Textos Premiados’’, ‘’Menções Honrosas’’ e ‘’Textos selecionados’’ no total de 30. Eles homenageavam Belém em seus 400 anos. Sim, são antigos, pois nossa Belém já está na ‘’casa’’ dos seus 401 anos.

Compartilho ‘’Kako, o sapo que queria ser príncipe’’, de Mônica Amaral de Moraes, que conta a história de um sapo que sonhava ser um menino e daí um príncipe. Seus pais tentavam em vão ‘tirar da cabeça’’ do filho que sapos são sapos e não homens.

O argumento do Kako era que leu uma história que um príncipe virou sapo e então, porque ele não poderia ser um menino. Em uma noite daquelas na lagoa, ele se despediu dos pais e foi dormir tendo um sonho.

Sonho que havia virado um menino e morava em um lindo castelo. Foi difícil a constatação, pois como falar como meninos e ele tinha aprendido a língua dos sapos? Um dia, um triste episódio estava preste a ocorrer e Kako quis voltar a ser sapo e ajudar sua família que estava prestes a ser exterminada.

Enfim, após acordar assustado, ele desejou ser sapo mesmo e não menino. E você? Alguma vez sonhou em ser alguém e, no ‘’fritar dos ovos’’, descobriu que não valia à pena? Confesso que, nunca desejei ser outra pessoa, até porque somos o que somos, por isto o importante é engrandecer nossa essência para nos aprimorarmos cada vez mais, sem desejar ser outra pessoa. Não é verdade?

Bjs,
Alda de Cássia