sexta-feira, 21 de abril de 2017

Uso dos Contos Terapêuticos


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Hoje, vou falar sobre o poder dos contos, parábolas e fábulas. Por incrível que pareça, encontrei uma nova forma de intervenção terapêutica. Sim, faço contação de histórias aos pacientes hospitalizados. 
Imagem:Editora Paka-Tatu

São histórias que criei, provenientes das leituras literárias e também das vivências terapêuticas, assim como pelo prazer de compartilhar belas histórias que o universo literário me proporcionou durantes os anos de leituras.

Tenho tido bons resultados nas intervenções? Sim, o desejo de criar uma nova alternativa de intervenção deu certo. Não conto os contos em todos os atendimentos terapêuticos (Terapia Ocupacional), e sim quando já criei uma empatia com cada um deles de forma individual ou grupal.

Ontem, uma colega de trabalho perguntou-me: ‘’De onde você cria tantas histórias para contar para os pacientes?’’. Bem, na verdade as criações são feitas de 2 formas: A primeira crio a partir de uma necessidade de falar sobre um tema especifico. Neste caso, faço referência ao nosso primeiro livro: ’’Contos Terapêuticos: À Procura de Respostas’’, onde foram criados 15 contos para falar sobre temas como: morte, adoecimento, suicídio, família, entre outros.

Eles são criados também após o término de uma sessão terapêutica. Sim, ao sair da enfermaria sinto necessidade de responder algumas perguntas que ficaram ‘’no ar’’ ou por interrupções na hora do atendimento (medicação, troca de fraldas ou horário da visita).    
 
Enfim, amo contar história terapêuticas com uma reflexão como mensagem. Uma vez me perguntaram por que “Para refletir’’ e não ‘’Para reflexão’’ no final dos seus contos?  
          
Bem, pensei, refletir e disse: ‘’Colocar‘’ para reflexão’’, me parece como uma imposição para parar e pensar e ‘’para refletir’’ é sugestivo de um ‘’convite’’ a reflexão.  

Lá vai uma pergunta: Você gosta de contos reflexivos?

Bjs,
Alda      

*Imagem: Palco e Plateia