quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Um olhar diferente.


Trabalho com crianças com Deficiência Intelectual e Múltiplas, e, ultimamente, estou me permitindo ter ‘’um olhar diferente’’, principalmente para as crianças autistas.

Alguns até dizem: ‘’Eles vivem no mundo deles’’, ‘’Parece no mundo da lua’’, ‘’Eles são tão diferentes’’, ‘’Vão ficar assim a vida toda?’’. Entre outras...

Semana passada, entrou um menino Autista, que atendi logo que ele entrou no Programa de Atendimento Terapêutico. Ele já mudou de Programa, mas não deixa de dar uma ‘’espiadinha’’ no setor de Terapia Ocupacional.

As mães das crianças que atendo, ficaram no primeiro momento assustadas, pois ele entrou bruscamente e buscando algo, no caso era o computador, já que na época eu trabalhava com ele no computador.

Ele falou algumas palavras repetitivas (Ecolalia), mas também mencionou que a Terapeuta Ocupacional havia faltado. Bem, disse "Bom Dia" para ele e disse que voltasse para o atendimento com a psicóloga que seria logo em seguida.

Ele saiu dando ‘’tchau’’ e as mães logo foram perguntando sobre ele. Expliquei e falei o quanto ele havia evoluído, já que quando chegou ele só gritava como comunicação.

Uma coisa eu sei, nunca duvidei do quanto os Programas Terapêuticos Ocupacionais podem estimular, favorecer, trabalhar e habilitar uma pessoa que apresente uma deficiência.

Mas, não é só o terapeuta ocupacional que consegue obter êxito, como também outros profissionais que devem fazer parte de uma equipe Interdisciplinar ou multidisciplinar.

Cada um na sua especificidade, mas todos com objetivos comuns que são o de proporcionar autonomia e autogestão para que possam ter oportunidades de se desenvolver globalmente.

Enfim, respeitar a individualidade, compreender que as limitações não limitam á vida e descobrir potencialidades ainda não exploradas, faz toda a diferença no futuro dessa criança, jovem ou adulto amanhã.

Bjs,

Alda