sábado, 5 de novembro de 2016

Livro: Santarém conta


 Bem interessante! Qual o livro? ‘’Santarém conta...’’ publicado pela editora CEJUP e faz parte das narrativas recriações. Sim, um projeto que coletou ‘’O imaginário’’ nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia Paraense.

Cada texto publicado no livro foi transcrito na íntegra pelos pesquisadores do programa IFNOPAP (o imaginário nas formas narrativas orais populares da Amazônia Paraense).

Linguagem própria dos moradores da região foi preservada em cada história contada. Ah! Colchetes indicam silêncio significativo (hesitações, embaraços, etc)

 Santarém 
 Os pesquisadores são estudantes ou professores da UFPa (Universidade Federal do Pará), no campus Santarém.Mitos são contados e são tão encantadores que os leitores acabam ficando ‘’encantados’’ a cada história lida.


São 52 narrativas e 7 recriações, entre elas: ‘’Norato e Joana", ‘’Mula-sem-cabeça’’, ‘’ Noratinho e Joaninha’’, ‘’ O boto que se deu mal’’, ‘’Uma noite de lobisomem’’, ‘’ Um sonho de cobra ‘’ e ‘’ Amazônia ‘‘.

Qual escolherrrrrrr? Ave Maria! Escolhi: ‘’A matintaperera’’. A pesquisadora foi Edigleida Silva Cunha e o informante índio Galiby. Vamos lá!

O índio Galiby conta que, a pessoa que tem de sessenta a oitenta anos vira matintaperera. Diz que ocorre em uma pessoa mais velha. Ás vezes homens. Ás vezes mulheres.

Segundo ele, as pessoas viram matintaperera porque estão acostumadas a ler livros diabólicos como os livros de São Cipriano. Então, algumas pessoas querem tanto virar que viram.

Praia de Aramanai : Belterra
À meia-noite, ela vira ‘’num pássaro, bate a asa. Voa igual um pássaro, dando um assovio forte. Ela grita á meia-noite: ‘’Matintaperera !!!’’. Quem não conhece sai correndo de medo.

Quer saber quem é? Então diga: ‘’...Olha, passa de manhã e vem aqui buscar o fumo’’. Daí, você descobre quem é. O índio já sabe que existe uma velhinha em Belterra que vira.


Ah! Às vezes a pessoa vira porco...

Cada uma showwwwwwwww!

Super indicação de leitura!

Bjs,
Alda

 *Imagens: Google