sexta-feira, 29 de abril de 2016

O que fazer?





É preciso conhecer os nossos limites. Até onde posso ir? Sim, porque, não nascemos sabendo de tudo. Assim como podemos ensinar, também podemos aprender. Mas, tudo na medida certa.

Na verdade, a vida é um aprendizado diário. Selecionar aquilo, que nos vai ‘’acrescentar’’ é fundamental. Algumas pessoas estão tão amargas com o caminho que escolheram, que às vezes não percebem que foram elas que fizeram a escolha.

Por exemplo, ouço muito os meus pacientes dizerem que já estavam ‘’doentes há muito tempo’’, mas não tinham tempo para procurar o médico.O que acontece? Estão impacientes, cobram ‘’alta médica’’, sem ao menos terem condições clinicas para retornarem para casa.

Nas atividades terapêuticas (por exemplo, colagem),  vem à tona que alguns são instáveis emocionalmente, tendo sérios problemas familiares. São ansiosos, tendo dificuldade de esperar o tempo certo para a resolução dos problemas. São intolerantes a tudo que não lhes agrada.

Os objetivos das atividades são muitas vezes alcançados. Adoeceu ontem? Não, pois a doença é um processo. Ficar ‘’bom rápido’’. Não. O tratamento é muitas vezes demorado. De 1 semana até 15 dias.

Ah! Até chegar um dia que ‘’não toleram’’ a comida do hospital, recusam tomar remédio, não querem tomar banho e nem receber visitas. Brigam com os acompanhantes, discutem com as técnicas de Enfermagens e cobram diariamente  "alta" da médica, que os acompanha.

Elaborar o adoecimento é importante. Reconhecer que existem dias que a saudade é insuportável, mas também devem compreender que não é ‘’um dia longe da família’’ e sim um ‘’dia de tratamento’’.

Enfim, é preciso compreender, que a doença também é aprendizado. A partir do adoecimento do corpo, o tempo mostra a necessidade de cuidar da saúde buscando a qualidade de vida.

Quando é que você dá valor à saúde? Quando a perde! Quando é que você dá valor às pessoas? Quando as perde! Pois é, alguns de nós somos motivados a mudar a forma de ver a vida, a partir do momento que sofremos consequencias dos nossos descasos, por exemplo. Mas se formos parar para pensar, crescemos.

Bjs,

Alda