quinta-feira, 31 de julho de 2014

O poço.


Escrevi este conto, "O poço", para ajudar as pessoas que perderam um ente querido a elaborar o processo de luto.

A saudade de quem já partiu é infinita. As lembranças são como "facas afiadas" dilacerando a alma de quem fica.

Um vazio sem fundo, uma busca sem respostas.

A verdade não dita ... A vida, sem sentido. O pássaro que não sabe mais voar. Assim é a perda não elaborada.


Vamos lá...

Ao chegar em sua casa após um longo dia de trabalho, Henrique tomou uma decisão que deveria ter tomado há alguns meses. Retornaria a sua terra natal, São Miguel do Guamá, cidade muito acolhedora e linda pela sua tranquilidade.

Estando ainda seguindo pela rodovia BR-316, ele começou a relembrar a sua infância. O tempo da escola, das conversas do portão, da primeira namorada, da fuga pela janela quando o pai bateu no quarto da sua namorada. E ser pego em flagrante era casamento, na certa!

Entre uma parada e outra  para descansar, Henrique teve uma certeza, queria chegar em casa! De longe, avistou sua casa, simples, com a pintura gasta pelo tempo. O telhado continuava com o sinal daquela ventania da década de 30, mas ainda com um ‘’jeito acolhedor”.

Seus pais felizes pelo reencontro vieram abraçá-lo. Quanta saudade expressas em lágrimas e pulos de alegria! Naquele momento, era como se toda a sua vida viesse à tona! Foi até o seu antigo quarto e admirado confirmou que ele estava do jeito que deixou ao partir para Belém do Pará!

Pela janela avistou o poço! Todos os dias, precisamente no final da tarde, costumava sentar ao lado dele e lia um livro. Jogava também moedas e fazia pedidos como havia visto em países como  a França. E naquela época acreditava  em realização de pedidos.

O poço ainda permanecia  o mesmo. Ele porém, não! Naquele momento, com uma moeda em suas mãos fez a intenção de fazer um pedido. 

Lembrou-se da cena em que foi comunicado do acidente da sua esposa e filha. Foram vítimas de um acidente de trânsito há cerca de 10 anos. Ele não estava no carro naquela hora. Estava dormindo após  uma semana de muito trabalho no escritório e era sábado. O seu dia de descanso!

Psicoterapia, medicações antidepressivas, dança de salão, jogos com os amigos, viagens de intercâmbio; encontros com mulheres pelos sites de relacionamentos. Tudo  em vão! A dor e a lembrança eram suas parceiras constantes.

No meio do mato apareceu o Walter, amigo de infância que hoje era o Padre Walter ! Após o reencontro, Henrique contou a sua história e pediu conselhos:

_ ‘’Walter, quero dizer, Padre Walter a dor é muito intensa. Parece que foi ontem que as perdi! Hoje, quando falo de mim, menciono nós! Não consegui até hoje me dissociar do passado, pois vivo o passado diariamente. Sempre em meus lapsos de memória digo como se elas estivessem vivas. Um dias desses falei: ‘’ ..minha esposa Leandra vai gostar desse filme...’’. Meu amigo disse, na hora:  ‘’... você quer dizer que vai  gostar Henrique”.

-  ‘’ Meu amigo Henrique, a dor é o sentimento que quanto mais se tente esquecer, mais ela doi ! É como cavar um buraco com a mão... não tem dia para terminar. Um vazio  que não tem fundo. Uma busca sem encontros. Uma palavra dita sem respostas! Quando perdemos quem amamos e não vivenciamos a perda essa perda virá trauma! E este nos acompanha para vida toda.”

-  ‘’Doi muito Padre Walter....só quem já perdeu sabe disso! Por mais que venham acalentar, confortar com palavras ...a dor permanece! As palavras nestas horas dão a certeza que você é amado e que desejam proteger, mas o peito dilacerado não fecha de tanta dor. Tive vontade de ir junto, mas nem que eu pedisse muito Deus não me levaria. Até disse para Deus: “ ... Senhor, se me amasses como dizes, não as levaria de mim. Que Deus é o  Senhor que me faz sentir tanta dor. Não és bom!’’

-‘’ Deus não tira de nós quem nos amamos Henrique! Ele chama de volta!!! Eu serei chamado assim como você também será! Se eu disser a você esqueça!! Você não esquecerá! Creia que um pedaço de você foi com elas e muito delas ficou com você através de recordações que guardas no seu coração! E elas viverão dentro de você quando for capaz de transformar esse sentimento de culpa em amor. Saber doar amor ao próximo através de solidariedade e fazer com que a perda não seja vista como ‘’um castigo de Deus’’. Um sorriso, um abraço de quem recebe esse amor e tê-las vivas ao seu lado. Você precisa seguir seu caminho sozinho. E peça a Deus que transforme essa dor em amor ao próximo em doação!”

Após essa conversa, Henrique jogou a moeda dentro do poço. Hoje ele é visto doando caixas de água toda as vezes que a mãe natureza devolve ao homem a consequencia de seus atos! E aos poucos tenta superar a perda da esposa e da filha . Não é fácil, mas é preciso acreditar que o sol quando nasce não escolhe lugar para iluminar. Simplesmente ele ilumina onde não há luz !
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Deixe a luz do amor  preencher o seu coração, que escuro ficou devido à perda!  E seja a luz  a iluminar o caminho do seu semelhante que muitas vezes encontra-se em completa escuridão!

O amor é o sentimento mais sublime que existe! E até matemático! Quanto mais você divide mais ele se multiplica !

Bjs,
Alda

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Filme: Um parto de viagem.


O filme: ’’Um parto de Viagem’’ é do mesmo diretor de ‘’Se beber não case’’. Tem como atores Robert Downey Jr. e Zach Galifianakis, em papéis opostos e conflitantes.

Ao começar a ver o filme, não me senti atraída pelo enredo, mas, com o decorrer da história, vi como é difícil manter duas pessoas de temperamentos diferentes juntas, principalmente em uma longa viagem.

Peter (Robert Downey), está ansioso para chegar ao hospital e acompanhar o nascimento da sua primeira filha. Já Eteban (Zack), quer ir para Hollywood atuar como ator, só que após a troca de bagagens no aeroporto, a vida dos dois mudou o rumo de seus caminhos.

É bom mencionar, que existe mais um personagem nessa história... Um cachorro que vai participar de altas aventuras com os dois.

Um filme que vai mostrar que é possível lidar com o outro, a partir do momento que cada um deixa o ‘’seu mundo’’ e aprende a compartilhar alegrias e dificuldades juntos, sem enlouquecer!

Bjs,
Alda


terça-feira, 29 de julho de 2014

Mulher ‘’Fá’’ x Mulher ‘’Difi’’ x Mulher ‘’V’’


Hoje, retorno ao assunto de ontem do artigo da Revista: ’’ ’’The Love School-Escola do Amor’’ de Renato e Cristiane Cardoso, que fazem a pergunta:’’Quem é você?’’

Passei a noite pensando nesta pergunta. Quem sou eu em relação aos tipos de mulheres ‘’Fá’’, ‘’Difi’’ e ‘’V’’ e encontreiiii...(rs). Mas,vamos ao que interessa(rs).

Vamos iniciar o bate-papo de hoje, falando da mulher ‘’Difi’’. Esta mulher se ‘’acha melhor que os homens’’. Ela idealiza a perfeição. É exigente. Deseja um homem’’ à sua altura’’.

Ela intimida os homens. Caso ela seja uma mulher independente e que tenha uma carreira de sucesso, ela busca um homem que esteja no mesmo ‘’nível’’ que ela ou superior.

A mulher ‘’Fá’’ esta é fácil. Entrega-se para qualquer homem. Vai atrás quando deseja. Ela acredita que ir para a cama é uma boa estratégia para conquistar um homem. Deixá-lo apaixonado por ela é a sua tática. Só que o efeito é contrário. Por isso, atrai homens ‘’K’’ _ Cafajeste!

Por fim, eles falam da mulher ‘’V’’. Ela além de virtuosa, cheia de qualidades, também é equilibrada e ‘’está aberta para relacionamentos’’. Mas não ‘’disponível ‘’ como a ‘’Fá’’.

Segundo os autores: ’’Ela não permite que seu coração se apaixone por alguém que sua cabeça não aprova. O homem tem acesso a ela, mas precisa trabalhar para conquistá-la’’.

A mulher ‘’V’’ investe nas ‘’qualidades internas’’ e seu exterior reflete essa sua condição.

No final, eles deixam um recado: ’’Cabe a você, mulher, escolher quem você quer ser. E cabe a você, homem, escolher que tipo de mulher deseja para si’’.

Cito na íntegra um pequeno trecho do final do artigo:
‘’Em outras palavras: Cada mulher tem o homem que merece. Se ela se rebaixa, ele aproveita, usa e joga fora. Se ela se faz inacessível, ele desiste dela e busca a outra.

Cruel? Injusto? Lógico? Dê o adjetivo que quiser, mas observe e verá que isso é um fato. Mulher, o poder está em suas mãos. Use-o bem ou ele se voltará contra você’’.

Bjs,

Alda


segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mulher ‘’Fá’’ ou ‘’Difi’’.


Li recentemente a revista: ’’The Love School - Escola do Amor’’, da editora Duetto, em um consultório médico. Achei muito interessante! E, logo de cara, deparei-me com este artigo: ’’Mulher ‘’Fá’’ ou ‘’Difi’’ ‘’ Quem é você?’’ - escrito por Renato e Cristiane Cardoso que possui um Programa com o mesmo nome da revista.

Eles iniciam falando do comportamento das mulheres em relação à ‘’vida amorosa’’, fazendo uma reflexão de como a mulher moderna se comporta diante do homem em seus relacionamentos.

Cita que existe a mulher ‘’Difi’’ e a relaciona com uma mulher que é ‘’inalcançável’’, sendo chamada também de ‘’Dificílima’’. Já a mulher ‘’Fá’’, é a ‘’fácil’’ e a mulher ‘’V’’, é a mulher virtuosa, ou seja, que valoriza, reconhece suas virtudes e ‘’prioriza’’ suas qualidades, mas que é bem diferente da mulher ‘’Fá’’ e da mulher ‘’Difi’’.

Amanhã, prometo que falo sobre cada mulher, Ok?

Tchauu...

Bjs,

Alda


domingo, 27 de julho de 2014

Pressão Alta do Jaleco Branco.


Na Revista Saúde, da editora Escala, existe um artigo cujo titulo é: ’’Pressão Alta do Jaleco Branco’’, de Marco A. Janandi que é Secretário Geral da Sociedade Brasileira de Medicina da Família.

Pois bem, dizer que o achei interessante é pouco (rs), até porque, como sou Terapeuta Ocupacional e trabalho com jaleco, identifiquei-me com o assunto.

Ah, você pode até estar se perguntando: ’’Por que ela sempre escreve que é Terapeuta Ocupacional? Acertei? Sim ou Não? Confesso que, dizer que sou Terapeuta Ocupacional, não me faz melhor do que ninguém, mas, infelizmente muitas pessoas ainda desconhecem a profissão.

Costumo ouvir dos meus pacientes referindo-se a mim em uma ligação telefônica: ’’Ah, estou falando com a doutora que é Fisioterapeuta Ocupacional!’’ ou ‘’Terapeuta Ocupacional ocupa as pessoas?’’... Misericórdiaaaaaaaaa!!(rs)

Um dia, prometo falar sobre a Terapia Ocupacional e o papel do terapeuta ocupacional. Aguardem!!! Bem, vamos lá quanto ao artigo...

No artigo ‘’Médico na Família’’, Marco fala de pessoas que possuem o aumento na pressão arterial, quando se deparam com pessoas usando jaleco branco.

Segundo ele, ’’O que acontece é que a pessoa fica mais tensa na presença do médico e a pressão sobe’’. Ele indica o controle caseiro da pressão, porém, com a necessidade de procurar acompanhamento médico periodicamente.

Ele dá dicas deste controle caseiro, antes de verificar a pressão arterial: ’’Você não deve ter se submetido a esforço físico, nem se alimentado, fumado ou mesmo ter sentindo o estímulo para evacuar ou urinar. Meça a pressão e, numa folha de papel, anote a data, a hora e o valor da pressão...’’.

Vou contar uma história ocorrida com o nosso pai em relação a este fato. Em uma noite dessas, já estava deitada, quando o nosso pai chegou até a porta do meu quarto e disse que não estava se sentindo bem. Havia tomado o remédio para pressão. Estava sentindo-se muito mal. Ele chegou a verificar estava 22 X 10. Bem alta por sinal !

Arrumei-me e chamei um táxi. Ele estava mais calmo!Peguei a ficha e fomos ao posto da  emergência. Como era madrugada, ele foi logo atendido.Verificou-se a pressão e estava 20x6.Ele ficou tenso quando o médico chegou e perguntou o que ele estava sentindo...Vi em sua fisionomia sua preocupação.

Nosso pai teve um infarto há cerca de 5 anos tendo ficado na UTI por cerca de 1 semana, o que o fez temer novo infarto.Pois bem,voltamos para casa após ele tomar o seu ‘’lasix’’. Para quem não conhece é uma medicação em que o paciente ‘’urina muito’’ para baixar a pressão arterial.

Percebi nesse dia o seu medo quando vê alguém de jaleco branco... Esse artigo veio bem a ‘’calhar’’ no nosso bate-papo de hoje. Não é mesmo?

Tchau, até amanhã!

Bjs,

Alda


sábado, 26 de julho de 2014

Mico no Hotel.


Sempre tem alguém pagando ‘’mico’’ neste mundo a fora. É claro, mais que evidente, que eu estou nessa!(rs).Como diz o nosso pai, eu tenho ‘’chama’’ para ‘’tudo’’(rs)

Bom, a situação foi essa que hoje vou compartilhar com você. Eu estava em viagem a trabalho para São Paulo, quando resolvi levar uma ‘’lembrança fotográfica’’ do hotel onde estava.

Sabe quando você não sabe o que fazer sozinha em um quarto de hotel, em uma noite fria paulistana? Pois bem, inventei de fotografar o quarto para a "mana abençoada".

Havia lido já os informativos na porta do quarto, entre eles: ’’Qualquer dano ao quarto, desde objetos quebrados a alarme falso de incêndio, será de responsabilidade do hospede os prejuízos causados ao hotel.

Sim!Já sabia!Sem problemas. Estava ‘’zen’’ vontade de quebrar nada (rs).Foi aí que então, peguei a minha máquina de fotografia e mirei no quarto.Foi quando disparou um rápido alarme de incêndio...Meu Deussssssssssssssss...Tudo acabado...Vou ter que lavar louça para pagar o prejuízoooo...(rs).

De imediato, tinha que me livrar da prova do crime. Joguei a máquina na bolsa e joguei a bolsa no armário. Pulei para cima da cama. Arrepiei os cabelos. Joguei os óculos na mesinha. Puxei o edredon e rezei para ninguém aparecer...

No mínimo iria dizer que estava dormindo, ou melhor, que era sonâmbula e tinha deficiência auditiva, por isso não havia ouvido o alarme tocar... (rs)

O pior foi que quando cheguei aqui em Belém ao olhar as fotos tiradas naquele dia do hotel... Ela estava não só tremida ,mas havia tirado foto do meu pé(rs)...MICOOOO  FEDERALLLL! ( rs)

Bjs,
Alda


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Contos Indígenas Brasileiros - Parte II


Continuando ...

Havia ficado tão perfeito o tatu que Rairu resolveu usar resina para colá-lo. 

Uma resina feita de mel de abelha, com a intenção de seu desenho não desaparecer.

Porém, era preciso secar a resina. Foi quando Rairu resolveu colocá-lo pelo rabo dentro de um buraco. Só que o inesperado aconteceu e ele ficou preso no tatu devido à resina.

Não sabendo como sair dali, Rairu, que tinha poderes, resolveu dar vida ao desenho. E este, ao criar vida, levou Rairu para o fundo da terra. Ao chegar lá, constatou que havia muitas pessoas morando ali.

Eram pessoas de todo jeito: algumas eram bonitas, outras feias; algumas eram boas e outras eram más e preguiçosas.Vendo aquela cena , Rairu saiu correndo para contar a Karí que deveria já estar irritado com o seu sumiço.

Foi então que, ao chegar até Karú-Sakaibê,ele o castigou, batendo com um pedaço de pau.Com o propósito de defesa, Rairu contou o que havia visto.Prontamente, Karú pediu que ele descesse novamente ao buraco e contasse àquele povo as maravilhas da Terra.

Foi com uma pelota feita por Karí que, virando algodão e amarrada na cintura, que Rairu trouxe algumas pessoas à Terra.

Os primeiros a subirem foram os feios e os preguiçosos, já que imaginavam que iriam encontrar facilidade e nunca mais trabalhariam.

Logo após, vieram os bonitos e formosos, só que antes que todos subissem, a corda arrebentou e muitos caíram de volta ao buraco e permaneceram vivendo no fundo da terra.

Como eram muitos, Karú-Sakaibê teve uma ideia para diferenciá-los. Cada um seria um povo diferente, entre eles: Munduruku, Arara, Panamá, Kaiapó e entre outros. Foi aí que resolveu pintá-los de verde, amarelo, vermelho e outros de preto.

Só que aconteceu algo!Os feios e preguiçosos dormiram no momento que ele pintava e diferenciava cada tribo. Isso causou-lhe forte irritação, tendo-os transformados em:passarinhos, porco-do-mato, borboletas e outros bichos da floresta que agora habitariam a floresta.

E o final?Bom, ’’deixo dentro do buraco ’’(rs)...Ah, não vou estragar o belo mito deste grande autor Daniel Munduruku. Espero que vocês posam ter a oportunidade de ler este belo livro,Ok?

Vale à pena ler e conhecer os outros mitos!

Ah, em breve vou colocar umas fotos tiradas por uma amiga, Karina Menezes, que em Maio deste ano fez uma exposição fotográfica chamada: ’’Um olhar para o cotidiano dos povos Asurini e Arawetê- Indígenas Paraenses da Região do Xingu, que o Pará desconhece’’ que teve um olhar mais que especial  por este povo indígena, retratando-os em sua beleza indescritível. Cada foto, ‘’clama’’ por respeito, justiça e tradição. Um lindo trabalho que captou a alma deste povo.

Bjs,

Alda


quinta-feira, 24 de julho de 2014

Contos Indígenas Brasileiros.


Este é o livro que indico hoje, como leitura: ’’Contos Indígenas Brasileiros de Daniel Munduruku, com ilustrações de Rogério Borges, da Editora Global.

Um livro que fala das sociedades indígenas ‘’movidas pela poesia dos mitos’’.

Eu o li recentemente e achei muito interessante para compartilhar com você. 

Segundo Daniel Munduruku: "O Brasil é o país da diversidade cultural e linguística. Aqui, em nossas terras, convivem mais de 250 povos diferentes, falando 180 línguas e dialetos, morando em todos os estados desse imenso país. São mais de 750 mil pessoas, segundo os últimos dados do IBGE, que buscam manter acesas as chamadas de sua tradição e o equilíbrio de suas próprias vidas’’.

Cito aqui, algumas histórias contadas neste livro, que possui uma leitura acessível a quem deseja conhecer um pouco das tradições, histórias e crenças deste povo que lutam para preservar, o que poucos dão valor: A natureza.

Conta sobre os povos: ’’MUNDURUKU’’, com o mito Tupi que possuem 12.000 habitantes, e cuja língua é Mundurukus;’’GUARANI’’, com o Mito Guarani que conta a história do roubo do fogo.Sua família é TUPI Guarani,cuja a população é de 35.000 habitantes e cuja língua falada é: ‘’M´bia, nhandeva e Kaiowá’’.Outros como:Mito Nambikwara,Mito Karajá, Mito Terena, Mito Kaingang; Mito Tukano e Mito Taulipang.

Bom, vou citar o Mito Tupi, que representa o Povo Munduruku, que é o primeiro dentre outros deste livro: O que significa ‘’MUNDURUKU’’? Antes de qualquer coisa, significa: Formigas Gigantes ou compridas. São reconhecidos como um povo guerreiro e poderoso. Presentes nos Estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso.

São nada menos que 12 mil pessoas, aproximadamente. Segundo o autor, são 250 anos de contato deste povo com a cidade, sem perder suas cultura e tradição e cultuados por meio de rituais e de suas línguas.

Este mito, conta que na época da criação do mundo, os povos Munduruku viviam distantes, sem tradições e brigando entre si.

Nesse contexto, surgiu ‘’Karú-Sakaibê’’, que era considerado o heroi criador e civilizador. Segundo os mais velhos, foi ele que criou as montanhas e as rochas, ‘’soprando em penas fincadas ao chão’’.

Sendo ele Karí-Sakaibê, criador do mundo e vendo a desarmonia deste povo, resolveu uní-los para lembrar que eles tinham a função de cuidar da obra criada por ele como: rios, marés, animais, aves e igarapés.

Por isso, contam que Karí-Sakaibê andava com o seu fiel amigo ‘’Rairu’’,que chamavam de assistente na obra da criação. Pois bem, um dia Rairu brincando com as folhas, gravetos e cipós fizeram uma figura de um tatu.

Amanhã continuo esta história.

Bjs,

Alda

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Sinto falta...


Sinto falta... Da nossa infância, onde brincávamos como crianças, com nossas bonecas, nosso faz-de-conta e com a pureza que toda criança tem nesta fase da vida.

Sinto falta... De não ter medo de sair à noite. Sem ter que olhar para os lados para sair de casa, do carro ou do banco sem ser surpreendida por um assaltante.

Sinto falta... Do cheiro da grama verde e das flores caindo das árvores, ao invés da fumaça que sai dos carros e que fazem muitas crianças e idosos sofrerem de problemas respiratórios.

Sinto falta... Do passeio de barco com o nosso saudoso tio Messias para a ilha do Combú onde você esquece que existem agendas para serem cumpridas.

Sinto falta... Do basta dormir e ouvir o galo cantar assim que o sol ‘’saia de sua casa’’ e hoje, o celular ‘’grita’’ debaixo do travesseiro, avisando que o dia amanheceu.

Sinto falta... De dar 10 voltas na Praça da Republica aos Domingos, mas que agora, por causa do coração só 5 , apesar de ter muito mais qualidade que antes, pois eu aproveito a paisagem do lugar.

Sinto falta... De vestir uma calça 38 e não 42 e de calçar 36 e não 38. De poder ir a uma loja e não ter que ver ‘’15’’ blusas iguais a que você deseja comprar.

Sinto falta... Do ‘’Bom Dia’’, ’’Por Favor’’, ‘’Deus te abençoe ‘’ ou ‘’Vai com Deus’’. De olhares carinhosos quando você está triste.

Sinto falta... Da fé que remove montanhas. Da solidariedade que acolhe aqueles que tanto necessitam e da humildade de reconhecer um erro.

E você sente falta de quê?

Bjs,

Alda

terça-feira, 22 de julho de 2014

O Resgate de um Campeão.


Assistindo o filme ’’O Resgate de um Campeão’’, tive a oportunidade de ver um filme que fala das conseqüências de uma mentira tida como real e vivida como real.

Quem nunca acreditou em uma ‘’falsa verdade’’?Quem nunca se enganou com alguém?Quem nunca caiu no ‘’conto do vigário’’?

Pois bem, este filme é uma historia real, fantástica baseada em uma mentira. 

Os atores são Samuel L. Jackson e Josh Hartnett e conta a história real do repórter Erik Keman, interpretado por Josh Hartnett, filho de um lendário comentarista esportivo e do homem que dizia ser ‘’Bob Satterfield’’, vivido por Samuel L. Jackson, uma lenda no boxe que todos apostavam estar morto.

Confesso que é um filme bem estruturado em seu contexto, com os personagens que interpretam fatos históricos, de uma época onde o boxe revelava grandes atletas que eram cultuados com herois.

Vale a pena assistir este filme !

Bjs,

Alda

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Grandes Mestres: Dalí- Surrealismo.


Tenho interesse também no mundo das Artes, principalmente pinturas e esculturas. Deve ser por isso, que fiz uma coleção dos grandes Mestres da Pintura, da editora Abril. Só lamento ter perdido a obra de Giotto.

Hoje, então resolvi falar do grande pintor surrealista do século 20 ‘’Salvador Dalí’’. Era talentoso, porém, controverso. Um mestre espanhol, que tinha um psiquismo atormentado. Deve ser por gostar de estudar perfis de comportamento, que resolvi ler e ver suas obras.

Não vou falar de sua infância e sim de uma de suas obras, que gosto muito: ’’Persistência da Memória’’, obra de 1931, pintada à óleo sobre tela e que está exposta no Museu de Arte Moderna, em Nova York.

A paisagem rochosa é aquele de Port Lligat, no litoral de Catalunha, onde Dalí passava o verão pintando.

Confesso que foi difícil encontrar ‘’a cabeça flácida com os olhos fechados e as longas sobrancelhas que parecem se confundir no granito do penhasco’’.

Bom, as formigas são símbolos de degeneração orgânica. Os relógios já haviam sido representados na obra ‘’ossificação prematura de uma Estação’’, de 1930.

O certo, é que suas obras são tão enigmáticas que nos fazem ter um olhar que transpassa o real e que faz buscar compreender o significado da simbologia.

Bjs,

Alda

domingo, 20 de julho de 2014

A distração.


Hoje, quero compartilhar mais um conto com vocês. Este fala da importância do equilíbrio entre trabalho e família. Dos valores que erroneamente damos a eles. Muitas vezes, para desejar mudar a situação financeira da família, algumas pessoas esquecem que sua maior riqueza que é a sua família, principalmente seus filhos.

Vejo filhos órfãos de pais vivos. Muitos trabalham com o objetivo de dar um futuro melhor a sua família e esquecem de viver o presente. Trocam atenção por brinquedos. Beijos por passeios no shopping. Pagando um preço muito alto no futuro.

Vamos lá !!!

Querendo mudar a sua vida, Elaine resolveu tomar a decisão de deixar o trabalho. Quase sem tempo para comer, dormir e cuidar de sua filha essa era a sua vida. Foi muito difícil chegar ao posto de gerente em uma empresa multinacional. Batalhou muito, fez inúmeros cursos para ter capacitação para assumir o cargo. Enfim, uma conquista árdua, mas que hoje ela acredita que não tem mais tanto valor.

Pois bem, entregou o cargo na empresa e passou a trabalhar como “freelance”. Não tinha no final do mês um salário como o de antes, mas só o fato de estar em casa e fazendo o seu trabalho, sem pressão do chefe e de metas a serem cumpridas acabou por até melhorar as suas horas de sono e deu-lhe qualidade de vida.
A bem da verdade,  há dias sentia um ‘’vazio’’ muito grande, pois na empresa tinha bons amigos e sentia falta das conversas e do companheirismo que se formou neste quase 30 anos de trabalho. Mas, fez a ‘’coisa certa’’. Agora sabia !

A pequena Layra, sua filha com o seu ex-namorado, brincava no quarto de bonecas. Tinha um quarto só seu e nele fazia a festa, literalmente. Cansada de tanto pular na cama com a sua boneca “Mimi”, ela resolveu deitar-se um pouco.  Ao colocar sua cabeça no travesseiro adormeceu! Despertou com o barulho do grilo e ao olhar para a janela viu um ‘’balé dos vaga-lumes’’. 

Encantada levantou-se. Neste momento, os vaga-lumes voaram em direção a estrada. Layra então saiu pela porta dos fundos, não sendo vista assim pela mãe, que sobre os livros também adormeceu.

Quantas luzes eles tinham! Dançavam ao som da brisa e ao frio do vento. De repente,  vem um carro vindo na direção de Layra e para salvá-la do atropelamento os vaga-lumes desenham no ar um coração. Layra, ao ver, para. Bruscamente, o carro freia. O freio foi tão alto que toda a vizinhança corre para ver o que era. Elaine ao ouvir, também corre.

Layra está ali. Parada! Congelada de medo! Elaine a agarra pelo braço e com um longo abraço agradece a Deus. Sua única filha havia sido salva! Após o susto ambas abraçadas sobre a cama tentam dormir. Mamãe Elaine sussurra no ouvido de Layra, já em sono profundo, que a ama e que a partir de amanhã terá um tempo para ficarem juntas mais tempo.
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Seja capaz de reservar, um tempo para você e para quem ama. Quem trabalha muito para enriquecer esquece que a sua maior riqueza não está em um banco e sim dentro de casa _ SUA FAMÍLIA!

Bjs,
Alda

sexta-feira, 18 de julho de 2014

101 Livros que mudaram a Humanidade.


Muito interessante esta Revista:’’101 livros que mudaram a Humanidade’’, da Super Interessante.Coleção Super Essencial, volume 1.

Estava fazendo um levantamento das minhas revistas e de repente encontrei-a logo no inicio do monte. Abri e achei interessante. Hoje, vou falar aqui no Blog.

Ok!Tudo bem!Você poderia dizer o quê há de interessante em uma revista de 2005? Mas, convenhamos toda referência sobre livros nunca é ultrapassado. É sempre atual. É como fotografias antigas sempre se têm vontade de rever bons momentos.

Cito o que os editores refletiram: ’’Como um livro pode mudar a humanidade?

Mudando a forma de pensar dos que leem. Um livro mostra uma nova visão que, consequentemente,traz novas atitudes que moldam a existência com o passar dos tempos.Foram os livros que criaram as bases de todas as ciências.Foram livros que solidificaram o posicionamento do homem sobre ele mesmo,sobre a existência de Deus, sobre a política,sobre seus próprios sentimentos, sobre a loucura,etc...’’.

Concordo!É lendo que se conhece. Que se autoconhece.Que se transforma.Que se autotransforma. Que se desperta o desejo de ir além da teoria. A leitura enriquece a nossa alma de conhecimentos. Quem Le, voa sem tirar os pés do chão.

As indicações são colocadas na linha do tempo, nesta revista. Começando com a indicação: ’’I Ching-O livro das Mutações, de Fu Hsi e outros autores, do ano de 500 a.c,séc.50 a.c.

Este livro foi editado no Brasil, em 1997 pela editor pensamento, cujo nome original na china é ‘’Yi Jing’’.

Segundo a revista, o" I Ching" é ‘’ a base da sabedoria chinesa, um conjunto de estudos que analisa o mundo e o homem, pensando por astronomia, matemática, fenômenos, etc.

Então, o livro das mutações é a obra sagrada e milenar sobre ensinamentos, que tem como um dos objetivos o autoconhecimento.

Você poderia perguntar: O que é então, "I Ching"? Qual o significado da palavra? Bom, vamos lá: ’’I’’ é um símbolo (ou ‘ideograma’) de máxima importância na sabedoria chinesa: ’’Significa mutação, que é o centro do pensamento chinês: Tudo é mutável, menos a própria mutação, que é contante, e isso demonstram a essência da vida. E’’Ching’’ quer dizer ‘’clássico’’, ou seja, a tradução em português mais literal da obra seria: ’’O Clássico das Mutações’’.

Bom, após estas explicações espero que vocês tenham se interessado pelo livro e pelo assunto dessa sabedoria da antiga China.

Amanhã, falo da minha primeira aula de Tai Chi Chuan, uma das artes marcial de defesa de origem chinesa.

Bjs,
Alda


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Conto: A Amizade.





Se existe algo tão especial na vida de uma pessoa são os amigos. Amigos de todas as horas. Para todas as horas. Amigo que sorrir com você. Dá o ombro para chorar. Amigo que diz ‘’acorda pra vida’’. Que arranja um ‘’jeitinho todo especial’’ para dizer você está errado e coloca você ‘’nas alturas’’ quando deseja dizer o quanto gosta da sua amizade.

Por isso, resolvi deixar hoje, aqui no Blog, um conto sobre a Amizade. Pois, creio que só quem tem amigos leais, legais e para todas as horas saber o valor de uma amizade.

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‘’Amigo é coisa para se guardar do lado esquerdo do peito ...’’. É um trecho da música de Milton Nascimento que fala do valor de uma amizade. Penso que amigos são pedaços de nuvens que os anjos jogaram do céu e que em terra transformaram-se em pessoas especiais. E, de tão especiais, fazem deste mundo um mundo melhor.

Há alguns seres humanos que são muito competitivos e egoístas. Existem os invejosos do teu sucesso. Aqueles que te colocam para baixo quando estás já “em baixo’’. Os que nada fazem para te ajudar porque o teu sucesso significa, na visão deles, a demonstração de que não são  bons o suficiente. Diante dessas coisas, a amizade verdadeira é um tesouro que poucos dão o valor merecido e os que sabem da sua importância cantam em verso e prosa a felicidade de tê-la em sua vida.

Quantos amigos tens? Amigos de risos e de choros? Amigos para todas as horas? Aquele que antes de dizeres que não estás bem, ele já te falou palavras de consolo? Amigos que não te cobram, que não te criticam? Que nos momentos mais difíceis, te estendem a mão amiga? Ah! Como faltam pessoas assim! Mas há gente que constrói muros invés de pontes, e, por isso, poucos ou nem amigos possuem.

Vou contar uma história sobre a amizade...

Havia duas inseparáveis amigas. A borboleta azul e a joaninha vermelha. Uma voava sem rumo certo e a outra de pés no chão corria atrás dos seus sonhos. A borboleta orgulhava-se por ser livre e a joaninha por mais que trabalhasse ainda era dependente.

Um dia resolveram fazer um passeio juntas. Como seria? A borboleta deu a sugestão de voarem e a joaninha de caminharem...

-          ‘’Sobe nas minhas costas que te levo ao céu. É muito bom ser livre. Faço o que quero. Vou em busca do que preciso. Já trabalhei com tudo um pouco. Hoje tenho o meu canto para trabalhar. Vamos! Venha voar comigo minha amiga Joaninha!”

-       ‘’Tenho medo de altura. Não quero me arriscar. Sou pé no chão, amiga! Tenho horário para tudo. Não tenho tempo para voar mais que uma hora...’’

Neste impasse elas ficaram até que a borboleta cedeu para a joaninha, que havia pedido para acompanhá-la em um passeio terrestre.

         Nunca havia andado tão perto do chão. Tudo era tão novo! Tentou fazer de conta que estava tudo bem. Mas, não estava! Tentou apreciar o passeio- era pedir demais! Então, voou sem se despedir da joaninha que sem saber o que ocorreu, parou no meio do caminho.

Passou-se muito tempo e até hoje a joaninha espera notícias da borboleta! Lembra das conversas e dos conselhos, da amizade que começou e que pelo jeito acabou para a borboleta....
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No livro O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o essencial é invisível aos olhos. A raposa diz ao Pequeno Príncipe:  ‘’...Tu  te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...’’. Então, pensa o quanto és importante para os teus amigos e eles são para ti, para que um dia ao perder um amigo não digas ... não o cativei ...

Bjs,
Alda