Era uma
vez... Uma vez... Uma garça no Ver-o-Peso...Ela gostava de ficar
espiando. Espiava os peixes
chegando. Espiava o açaí chegando. Espiava a dona cheirosinha vendendo seus
banhos de descarrego, banho cheiroso e atrativo do amor.
Na verdade,
ela gostava de ficar assistindo os filmes de aventura na barraca da
Raimundinha .... a mundica. Os olhos saltavam. O bico não parava de mexer. Ela queria
ser uma super garça. Uma super heroína. A super garça d´égua.
Nasceu em
uma família de nobres garças. Nem pensar ser qualquer coisa que muito além de
garça. A vida em comunidade era chata...chatíssimaaaaa. Por isso, todos os dias ela voava escondida. Espiava escondida. Escondida espiava.
Um dia
durante um voo pelo Ver-o-Peso encontrou um fotógrafo registrando suas amigas.
Ela desejou ser fotografada, então bem devagar foi caminhando perto dos barcos e
chamou a atenção do fotógrafo.
Pronto! Registro
feito! Ela voltou para casa. Voou imaginando que sairia, provavelmente, nas ‘’manchetes’’.
Já em casa à noite, sonhou que conseguia salvar um passarinho que estava no alto
de uma torre azul e branca e assim acordou com o maior sorriso do mundo. Era a
super garça d´égua de Belém do Pará .
Alda de Cássia
*Imagens:@diasclaudio02
Um dos meus minicontos inspiração nas garças tão bem eternizadas por Claudio Dias
*Fotos: Autorizadas
*Imagens:@diasclaudio02
Um dos meus minicontos inspiração nas garças tão bem eternizadas por Claudio Dias
*Fotos: Autorizadas