Antes de
compartilhar mais uma indicação de leitura, informo a quem possa interessar:
Gosto de estudar perfil de comportamento! Sim, um interesse que começou na
adolescência assistindo muitos filmes de suspense psicológico e se perpetua até
hoje.
Só que,
não com tanto interesse como antes, até porque hoje, por escrever ‘’contos
terapêuticos’’, preciso estar mais inteirada neste contexto, para que eu me
aperfeiçoe na arte de contar histórias.
Escrever
de forma acessível e com leveza de pensamento requer treino, tempo e esforço
para buscar o desbloqueio da ‘’criatividade adormecida’’. E olha que não é uma
tarefa fácil, já que busco ler pelo menos 4 horas por dia.
Mas,
vamos o que interessa.Não é mesmo?(rs)
Este
livro: "Loucas de amor – Mulheres que amam serial killers e criminosos
sexuais’’ é do jornalista e roteirista da Rede Globo Gilmar Rodrigues e tendo Fido Nesti
como ilustrador, foi lançado pela editora Ideias a Granel, em 2009.
Não foi
um livro ‘’fácil de digerir’’, ou melhor, ler e reter sem sentir o impacto de
perplexidade _ sim esta é a palavra mais próxima que encontrei para dizer ‘’chocada’’
com tudo que li.
Entretanto,
é um livro com uma abordagem ‘’cuidadosa’’ nos relatos dos fatos reais, pois
abordar um tema deveras estarrecedor sobre mulheres que se ‘’apaixonam’’ por
criminosos sexuais a ponto de idealizá-los como ‘’deuses’’.
O autor
foi bem explícito quando relata o perfil das mulheres citadas no livro. Onde a
carência afetiva, o abono familiar, as agressões na infância, a ausência da
figura paterna, a necessidade de proteger e de serem amadas e amar os que são
injustiçados podem ser fatores determinantes para este ‘’interesse ‘’ afetivo.
No livro
existem cartas escritas por elas aos seus ‘’amados’’ mostrando momentos de
paixões, delírios e ciúmes, até relatos de mulheres que passam pela ‘’fila da
visita intima’’ nos presídios. E por fim, o autor coloca um capitulo
intitulado: ‘’Porque essas mulheres amam esses homens... ’’
Bem, o
que posso falar sobre o livro?
Eu diria
que vi ‘’o outro lado da moeda’’, como se costuma dizer, quando só vemos e
ouvimos outro lado de uma história contada. Já havia assistido pela televisão
relatos de mulheres e até lido em jornais e revistas, que se declaravam
‘’loucas de amor’’ por criminosos sexuais, mas o livro acabou me esclarecendo
porque não devemos ‘’condenar’’ estas mulheres, pois o ‘’amor‘’ que nutrem tem
um ‘’pé no passado afetivo destrutivo’’
não elaborado.
P.s:
Desculpa, por esta partilha, mas nem de indicações com ‘’leveza
literária’’ vive este
blog "Diário das
Gêmeas Paraenses"! (rs).
Para
trazer uma reflexão neste momento, aqui deixo uma frase:
“Quando se critica, estamos a
julgar. Se julgarmos já não compreendemos, porque julgar implicar condenar ou
absolver”. (António Lobo Antunes)
Bjs,
Alda