Lendo a revista: ’’Grandes Temas do Conhecimento- Psicologia-Educação Infantil",
da editora Mythos, encontrei um interessante artigo, que hoje desejo
compartilhar com vocês.
Ao ler o artigo ’’Meu filho é uma
fera’’, lembrei que constantemente vejo crianças tiranas. Como assim?Aquelas
que mandam em pai e mãe, que não aceitam dividir seus brinquedos, que não
toleram frustrações e, por isso, revidam com violência e imposição de vontades
de serem atendidas.
E o que os pais fazem?Quase sempre, nada!!Alguns se sentem culpados por
estarem ausentes de casa, porque trabalham. Outros acham que é ‘’coisa de
criança, que quando crescerem passa!. Há os que
são omissos mesmo deixando a responsabilidade para um dos cônjuges
resolver ‘’a bronca’’.
Segundo Içami Tiba, psiquiatra: ’’Quando os pais não colocam limites às inadequações dos filhos
e se submetem às birras, raivas e aos caprichos abusivos, além de não ensinarem
os valores tangíveis, estão reforçando a deliquência, o abuso, desencadeando um
sentimento familiar, que se espalhará pela sociedade’’.
O texto é de Cristina
Andrade Christiano, que assina o artigo. Ela busca várias abordagens, para
mostrar que é preciso alertar os pais quanto aos perigos dessa omissão.
Quanto à agressividade o texto diz que pode vir de casa,
de um modelo que se tem em casa ou na escola. Penso que, a partir do primeiro
registro de raiva da criança, deve-se agir. Como?Chamando-a para conversar. Buscando
descobrir o que a levou a tal comportamento e dando importância à situação apresentada
naquele momento, já que pode ser uma representação simbólica de um conflito
emocional, vivenciado e não elaborado.
O certo, é que nós adultos,
quando estamos com raiva... Reagimos! Gritando, jogando as coisas no chão ou no
outro, por exemplo, ou simplesmente chorando.
A criança pequena não sabe
como lidar com este sentimento tão confuso. Por exemplo, a mãe que bate nela,
porque a criança não quer ir tomar banho para almoçar já que está brincando com
o seu avião de papel que fez na escola.
E mais, o artigo também fala do transtorno desafiador e de oposição ou
transtorno desafiador opositor (TOD), que vai além de uma ‘’birra’’ da criança.
Segundo o artigo ’’As crianças que têm esse transtorno são constantemente
rebeldes, agressivas, tem dificuldades nas relações com figuras de autoridade,
dificuldade de autocontrole e de inibir impulsos e desejos... ’’
Tive a oportunidade de atender crianças com este tipo de transtorno.
Hoje, atendo um que tem 6 anos de idade que tem TDH que tem este transtorno e que tenta impor suas vontades durante
as atividades terapêuticas.
No inicio do tratamento, era agitado, repetia palavras fora do contexto
com o olhar desafiador e opositor. Tinha e tem fixação por carros, além de baixa
tolerância. A mãe não conseguia impor limites. Ele fazia o que queria e como
queria.
Mês passado, durante uma atividade terapêutica ocupacional, ele apertou
fortemente os meus dedos para poder pegar o objeto desejado e não o que eu
havia estipulado para ser manipulado.Nestas horas,meu olhar e voz são de quem
não vai permitir tal comportamento e, com uma voz firme, fiz com que ele
compreendesse que havia regras do jogo , que deveriam ser seguidas.
Dica de hoje!
Bjs,
Alda