quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Meu filho é uma fera !


Lendo a revista: ’’Grandes Temas do Conhecimento- Psicologia-Educação Infantil", da editora Mythos, encontrei um interessante artigo, que hoje desejo compartilhar com vocês.

Ao ler o artigo  ’’Meu filho é uma fera’’, lembrei que constantemente vejo crianças tiranas. Como assim?Aquelas que mandam em pai e mãe, que não aceitam dividir seus brinquedos, que não toleram frustrações e, por isso, revidam com violência e imposição de vontades de serem atendidas.

E o que os pais fazem?Quase sempre, nada!!Alguns se sentem culpados por estarem ausentes de casa, porque trabalham. Outros acham que é ‘’coisa de criança, que quando crescerem passa!. Há os que  são omissos mesmo deixando a responsabilidade para um dos cônjuges resolver ‘’a bronca’’.

Segundo Içami Tiba, psiquiatra: ’’Quando os pais não colocam limites às inadequações dos filhos e se submetem às birras, raivas e aos caprichos abusivos, além de não ensinarem os valores tangíveis, estão reforçando a deliquência, o abuso, desencadeando um sentimento familiar, que se espalhará pela sociedade’’.

O texto é de Cristina Andrade Christiano, que assina o artigo. Ela busca várias abordagens, para mostrar que é preciso alertar os pais quanto aos perigos dessa omissão.

Quanto à  agressividade o texto diz que pode vir de casa, de um modelo que se tem em casa ou na escola. Penso que, a partir do primeiro registro de raiva da criança, deve-se agir. Como?Chamando-a para conversar. Buscando descobrir o que a levou a tal comportamento e dando importância à situação apresentada naquele momento, já que pode ser uma representação simbólica de um conflito emocional, vivenciado e não elaborado.

O certo, é que nós adultos, quando estamos com raiva... Reagimos! Gritando, jogando as coisas no chão ou no outro, por exemplo, ou simplesmente chorando.

A criança pequena não sabe como lidar com este sentimento tão confuso. Por exemplo, a mãe que bate nela, porque a criança não quer ir tomar banho para almoçar já que está brincando com o seu avião de papel que fez na escola.

E mais, o artigo também fala do transtorno desafiador e de oposição ou transtorno desafiador opositor (TOD), que vai além de uma ‘’birra’’ da criança.

Segundo o artigo ’’As crianças que têm esse transtorno são constantemente rebeldes, agressivas, tem dificuldades nas relações com figuras de autoridade, dificuldade de autocontrole e de inibir impulsos e desejos... ’’

Tive a oportunidade de atender crianças com este tipo de transtorno. Hoje, atendo um que tem 6 anos de idade que tem TDH que tem este transtorno e que tenta impor suas vontades durante as atividades terapêuticas.

No inicio do tratamento, era agitado, repetia palavras fora do contexto com o olhar desafiador e opositor. Tinha e tem fixação por carros, além de baixa tolerância. A mãe não conseguia impor limites. Ele fazia o que queria e como queria.

Mês passado, durante uma atividade  terapêutica ocupacional, ele apertou fortemente os meus dedos para poder pegar o objeto desejado e não o que eu havia estipulado para ser manipulado.Nestas horas,meu olhar e voz são de quem não vai permitir tal comportamento e, com uma voz firme, fiz com que ele compreendesse que havia regras do jogo , que deveriam ser seguidas.

Dica de hoje!

Bjs,

Alda