Assisti,
há poucos dias, uma palestra proferida pelo padre Fábio de Melo. Era
uma palestra cujo tema era: "O segredo da bem-aventurança’’.
Fiquei
encantada pela forma como ele conseguiu falar sobre a felicidade. Sim,
ele falou de amor, perdas, sofrimento, incerteza, infelicidade, luta,
coragem, vida, morte e sobre Deus.
O amor de Deus em
nossas vidas. Deus é amor. Sendo amor, então não combina com a
infelicidade. Segundo ele, pode existir o sofrimento no amor, mas não
deve haver a infelicidade.
Ele nos convida a mergulhar
nos mistérios da felicidade que brota de Deus. Uma felicidade, que não
cai do céu, não é fácil. Sobre ela, Jesus ao subir na montanha
proclamou: ‘’Felizes os pobres de coração, deles é o reino dos céus.
Felizes os que choram, pois eles serão consolados... Felizes os corações
puros, eles virão a Deus’’.
Incoerentes as palavras de
Jesus? Como se pode ser feliz chorando? Os que choram serão consolados?
Onde está a felicidade? O padre Fábio de Melo pergunta.
Ele
faz uma analogia entre a felicidade e o poço. Segundo ele, Deus não
mora na simplicidade, pois é preciso ir mais fundo, como para apanhar
água dentro de um poço.
Existe sacrifício de retirar,
mas a alegria de ter valido a pena. Assim é a felicidade. Por isso, só
podemos falar de alegria, se antes soubermos falar de tristeza.
Padre
Fábio de Melo disse algo que me levou a refletir: ‘’Somos a soma de
tudo que fomos capazes de preparar. Até conta a história da cigarra, que
passa quase um ano debaixo da terra, solitária para depois subir à
superfície e cantar.
O nosso amadurecimento afetivo,
segundo ele, vem do empenho, da luta por dias melhores. Não há ser
humano completo sem sofrimento e diz mais: ‘’o sofrimento de uma
caminhada vale a beleza da chegada’’.
Por fim, ele fala
que só sabe ser feliz, quem de fato viveu a tristeza’’. Deve ser por
isso, que tenho plena convicção que, as dificuldades que passamos na
vida, as decepções, as tristezas das perdas, nos fortalecem para a luta
diária.
Penso: Deus não nos abandona nas horas difíceis
e sim, nós que, enfraquecidos pela dor, nos rendemos ao sofrimento. Por
isso, olhamos para baixo ao invés de olhar para o céu. Não é mesmo?
Dica de Palestra!
Alda de Cássia
Foto de arquivo: Alda de cássia