Onde estamos quando a
chuva cai? Em casa? No trabalho? Em uma loja? Na rua? Não sei, mas sei que ela nos
faz dar uma ‘’parada’’. Sim, não dá para sair na chuva de imediato... Só se é
impossível esperar que ela passe ou amenize.
Já tomei muito ‘’banho
de chuva’’ com a mana quando era criança e naquela época nem pensava em adoecer
ou ficar com a roupa molhada no corpo.Hoje, Ave Maria! Ando
até com uma havaiana na bolsa quando sinto os respingos ao sair do meu trabalho.
Molhar a roupa?É inevitável, mas como dizem: ‘’Só de pensar em chegar a minha casa já vale a pena correr com a chuva’’ (rs)
Onde quero
chegar? Quero dizer que ontem, reparei que algumas gotas caiam em um prato de
plástico na rua. O prato já estava cheio, então ela caia e respingava logo em seguida
em um jovem aparentemente embriagado, que dormia na calçada e um pensamento veio: ‘‘Talvez
a chuva não o incomode. Talvez os respingos não o incomodem. Talvez, o que
incomode seja a dor do abandono que transborda pela falta de amor.
Enfim, que a chuva caia.
Que as gotas respinguem no prato, mas que eu não acredite que seja normal ver
alguém em completo abandono não se importando, ou melhor, sem ter condições de se importar com a chuva que cai.
Bjs,
Alda de Cássia
*Imagem: inquilibrio. com