Confesso que me surpreendi
quando cheguei em uma enfermaria para atender alguns pacientes e uma
acompanhante foi logo falando: ‘’Tire ele da enfermaria, doutora!’’
Na verdade, não só ele, mas
outros acompanhantes fizeram tal queixa e ao escutá-los fui bem reflexiva
naquele momento: ’’ Ele arrasta a cadeira de madrugada pela enfermaria fazendo
muito barulho?Ok, entendo, mas como falar para um paciente pós-operatório de
cirurgia cardíaca, que é surdo desde que nasceu, compreender que o seu ‘’arrastar’’
possui ‘’barulho’’?
O que aconteceu?Falei e caminhei
em silêncio para atender os pacientes e aqueles que fizeram o ‘’barulho’’ da intolerância, ficaram também em silêncio.
Enfim, para algumas pessoas
reclamar é mais fácil que buscar solucionar os problemas encontrados, devido a isso, é
preciso entender que uma pena jogada no ar... Não volta para as mãos de quem a
jogou!
Bjs,
Alda de Cássia
*Imagem: Noisavieira.com.br