Sabe aquele dia em que você ‘’abraça
o outro com os olhos’’? Opaaa! Você nunca fez isso? Não me diga, mana (o), que não? Bem,
muitas vezes um abraço não se completa quando você espera do outro a ação de
dar o abraço primeiro para retribuir de novo.
Ficou confuso(a)? Pois bem, vou
contar um miniconto para facilitar a compreensão do que desejo fala. Ok?
Vamos lá!
Era uma vez, um besouro e
uma joaninha. Eles se conheceram em uma festa no borboletário do Mangal das
Garças em Belém do Pará. Entre uma conversa solta ali
e outra acolá acabaram se tornando amigos. Tinham muitas coisas em comum. Uma
amizade que cresceu com o passar do tempo.
Um dia, uma fofoca feita
pela cigarra os separou. Eles não se falavam mais e assim cada um sentiu a falta
do outro em um silêncio que rasgava a seda do tempo.
Em uma noite de estrelas
cadentes, eles descobriram que era tudo invenção da cigarra. A vontade de
reconciliação era grande, mas um não procurou o outro até que um dia se
reencontraram.
Entre um sorriso de meia
boca e uma boca inteira eles não se abraçaram como faziam em cada encontro e a
única coisa que foi vista pela sábia coruja era que o corpo de cada um vergava
igual bambu, mas o abraço só se completou com os olhos.
Bem, vou perguntar de forma
bem paraense ‘’Que tar? Deu para entender, sumano?’’ (rsrs)
Bjs,
Alda de Cássia
*Imagem: João Bidu