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Confesso, que tenho o maior
cuidado de não falar nada ao outro, que o diminua ou que o deixe magoado. Sabe
por quê? Porque, acredito que ninguém tem o direito de humilhar o outro por
palavras.
Vou dar um exemplo: Ontem, a
mãe de uma paciente minha, disse que a professora chamou sua filha de ‘’burra’’,
porque não ‘’aprende’’. Nesse momento, a minha paciente que tem 16 anos de
idade, olhou com aquele olhar de profunda tristeza.
Bem, não fiz uma avaliação
para saber se ela tem transtorno de aprendizado, mas tudo leva a crer, pelos relatos
que ouvi. O que fiz? Olhei para ela é disse: "Qual a sua dificuldade? Ela
mordeu os lábios e disse, que ela esquecia rápido o que aprendia, trocava
letras,dificuldade para ler e para escrever,lembrar de algum fato ,seguir instruções ...’’
O certo é, que ao fazer uma
atividade terapêutica auto-expresiva, constatei tal dificuldade, porém disse a
ela, que ela não era ‘’burra’’ e sim tinha uma dificuldade que precisava de
ajuda na escola.
Enfim, veja como uma palavra
tem um poder devastador, já que ela não queria mais ir à escola! A mãe relatou,
que foi à escola e brigou com a professora. Disse porém, que quando voltar para
a sua casa, vai se matricular na escola junto com a filha para ajudá-la nos
estudos.
Pois é, uma palavra dita de
forma pejorativa ou com a intenção de denegrir a imagem do outro só revela quem
é a pessoa que falou e mostra o seu despreparo para lidar com as limitações do
outro, assim como a sua insensibilidade e falta de respeito pela pessoa que ela
julgou e condenou como incapaz.
Vamos refletir!
Bjs,
Alda