Hoje vou contar mais um conto: ’’Mistérios de uma noite’’. Quem já leu
os meus anteriores, vai perceber com este, que gosto também de suspense e
terror.
Eu e a ‘’mana abençoada’’ assistimos muitos filmes de terror quando
éramos pequenas. Lembro do ’’Massacre da serra elétrica, ‘’Sexta-feira 13’’,
‘’Os zumbis’’, ‘’A volta dos mortos vivos’’, entre outros horripilantes.
Pois bem, este conto tem como cenário um cemitério, policiais e almas do
outro mundo como personagens.
Não sei se tenho ‘’futuro’’ para escritora de contos de terror (rs). Mas
espero que vocês gostem!!
Numa noite fria e sombria, onde
os cães uivavam sem parar, barulhos estranhos, passos rápidos e gritos
arrepiantes eram ouvidos na esquina de um cemitério. A lua estava quase cheia.
Nuvens brancas azuladas estavam ao seu redor onde um cheiro de folhas secas
podia ser sentido junto com a brisa que circulava por entre os túmulos.
De repente, ouve-se um gemido,
seguido de um grito que parecia ser de mulher. Na rua deserta, naquela hora,
estava apenas vagando o vigia do cemitério que, ao ouvir o grito, corre em
direção a uma sepultura antiga a qual pertencia ao túmulo de Efigênia Alleta.
O que fez o vigia perceber que
era o túmulo de D.Efigênia, já que estava tudo tão escuro? A única explicação
era porque, há minutos ele havia saído de lá, pois tinha corrido
atrás de ladrões que insistiam em roubar o que restava de certos monumentos que
enfeitavam ainda os poucos túmulos.
Olhando de um lado ao outro,
observou que longe um vulto caminhava em direção ao portão. Porém, mal sabia o
vigia que os ladrões já haviam saído do cemitério. Então, o que seria? Algum
animal que resolvera encurtar o caminho de casa, já que o cemitério ficava
entre uma invasão e uma rua?
Sua reação foi a de correr
atrás do vulto. Foi o que fez! Contudo, ao tentar agarrá-lo, tropeça e cai,
ficando algum minuto desacordado. Quando recupera os sentidos, percebe que
uma mão fria toca-lhe o rosto e, ao abrir os olhos, depara-se com uma forma sem
forma, ou seja, uma visão descaracterizada de uma pessoa na sua frente.
Espanta-se... E morre ali mesmo, devido ao susto.
No dia seguinte, moradores da
invasão chamam uma radiopatrulha para averiguar um corpo que estava estendido
em cima de um túmulo. Coincidência ou não, tratava-se do túmulo de D.Efigênia
Alleta!
A polícia chega ao local,
observa o corpo que já estava rígido e constata-se que a morte ocorrera
por volta das 3 horas da madrugada, presumidamente. Quando o corpo já ia sendo
retirado para necropsia, um coveiro que estava olhando o movimento dos
policiais decide verificar com mais detalhe aquele corpo frio e de olhos
arregalados de terror e nota que havia uma queimadura em forma de cruz em sua
mão direita. Isso fez com que os policiais ficassem perplexos com a constatação.
Por isso combinam que, nessa noite, fariam uma ronda no cemitério em
busca de respostas sobre o crime.
A noite chega e com ela uma
névoa e um frio intenso. Ao chegar ao cemitério, os policiais encontraram
dezenas de velas acesas que davam a impressão de uma cidade iluminada.
Entreolharam-se e Antônio comenta:
-‘’ As velas são da mesma cor – azuis – e estão colocadas na forma de
uma cruz’’.
José retrucou: ‘’ Coincidência!
Olhe! Acho que alguém está tentando nos impressionar, pois a história do vigia
morto foi muito comentada na cidade. “E disse então:
"Vamos que daqui a pouco amanhece e a gente não
descobrirá nada.”
Repentinamente, um deles pisa em algo, olha e disse
que era apenas um pedaço de vidro. E prosseguem a ronda. O vento dançava em
volta das grandes árvores, a poeira fazia voltas em cima das sepulturas. Cada
folha que caía era carregada para dentro de uma cova. A brisa fria batia em
seus rostos, já cansados e uma grande coruja com seus olhos arregalados
fitava-os.
Em dado momento, ouve-se vozes saindo detrás de um
túmulo e José disse:
- “Será que hoje resolvemos este mistério?
Vá pra lá que eu fico deste lado. Se for alguém, a gente pega!
’’
Depois de alguns segundos, porém,
descobriram que era apenas um galho de árvore que com o vento do dia anterior
não resistiu às fortes rajadas e ficara preso na árvore. E as vozes? Era o
galho que, ao se mexer sobre a sepultura, fazia um barulho estranho que ambos
por imaginação pensavam ser vozes. Voltando ao local de onde saíram, viram a
foto de uma mulher em uma das sepulturas e com uma lanterna leram o que estava escrito:
... “Aqueles que foram culpados
pela minha morte não terão sossego. Minha alma vagará pelas noites até que os
culpados paguem pela minha morte... com suas vidas...”
De súbito, percebem que um vulto
de uma mulher sai em direção ao portão. E correm em vão! A mulher some entre os
túmulos. Antônio escora-se em uma tumba para descansar e não se dá conta que
uma sombra sai de dentro de uma sepultura e agarra sua mão. Antônio espanta-se
e tenta se livrar, mas, o vulto sussurra: “Vocês não deveriam ter vindo aqui! Eu sei quem vocês são... ela
sabe...”.
Os policiais correm em direção
ao carro. Assustados com o que ouviram, temem por suas vidas. A chuva era
intensa na hora, porém eles saem em disparada. Dentro do carro um pouco
atônitos, eles começam a recordar de uma triste cena vivida em um Domingo
chuvoso...
Era uma noite quando saíram
bêbados de uma festa. Quando seguiam em alta velocidade pela pista
escorregadiça, atropelaram uma mulher que estava de costas, andando pela rua.
De repente... Um baque forte sobre o pára-brisa... E uma imagem de dor daquela
que acabara de ser atropelada.
Antônio gritou:
- ‘’O que fazemos?”
Ao que responde José:
- ’Nada...
“Pois não poderemos socorrê-la, já que estamos bêbados...”
Na mão da mulher havia um terço
ensanguentado. Seus olhos arregalados tinham se fixado na direção de seus
atropeladores...
No dia seguinte à ronda no
cemitério os corpos dos policiais foram encontrados dentro de um abismo... O
curioso é que na mão de cada um havia uma cruz...
Fatalidade?
Ou...
Bom, antes de terminar vou colocar amanhã um conto de uma jovem
escritora que se diz apaixonada por histórias sobrenaturais! Mas,amanhã a gente
conversa, ok??
Bjs,
Alda