Penso que...
O poeta ‘’sai de si‘’ e encontra nas palavras asas para voar. Um voo em direção ao horizonte, mas sem hora para chegar. Até porque, o poeta não pode se limitar em seu voo, caso contrário ficara preso á realidade e não ao imaginário.
O poeta sonha alto, sonha sem se preocupar se será criticado por mentes limitadas e presas a preconceitos. O poeta dá vida, em terras semi-áridas, coloca cor no preto e branco assim como dá aroma marcante no mundo confuso de tantos cheiros.
Mas, o poeta também sabe que nem todos vão compreendê-lo nos seus devaneios, pois alguns poucos vão imaginá-lo como alguém sofrido de amor e que renuncia à normalidade em nome dos seus ‘’insights’’.
Enfim, a última estrofe é de uma identidade própria do ‘’Ser Poeta’’, que é o exagero de sentimentos propositais. Pois o poeta ama cada momento e o transforma em palavras, que se eternizam como o primeiro beijo roubado em sua amada.
Imagem: Florbela Espanca
Imagem: Pinterest
Alda de Cássia