Em seu livro: "Ser como o rio que flui pensamentos e reflexões", publicado pela editora Agir, o escritor Paulo Coelho menciona no prefácio a sua história de como almejava ser escritor quando criança e da resistência de sua mãe que desejava que ele fosse engenheiro.
Relata que na época do inicio da década de 60 descobriu 8 motivos para desencorajar qualquer um de ser escritor.Cito,este: "Um escritor não usa óculos e não se penteia direito.Passa metade do seu tempo com raiva de tudo e, a outra metade, deprimido.Vive em bares, discutindo com outros escritores de óculos e despenteados.Fala difícil.Tem sempre ideias fantásticas para o seu próximo romance e detesta aquele que acabou de publicar".
Cada livro envolve o leitor como uma teia de aranha, que a cada palavra tece os corações e os envolve em uma harmonia, que só o coração sabe o caminho. E, no final,o leitor redescobre-se como personagem do livro...Minha sensação!
Como se cada palavra tivesse "tocado em uma ferida" há muito tempo não cicatrizada, já que as "feridas da alma" são eternizadas pelas lembranças que não se deseja esquecer, por mais que seja negado esse desejo.Percebi assim!
Mas,como diz o titulo do seu livro: "Ser como o rio que flui"...Ele fluiu! E hoje é um dos maiores escritores do Brasil e do mundo, com milhões de exemplares vendidos de suas obras. Obras com uma linguagem acessível ao entendimento de qualquer leitor que deseje "navegar" neste rio que ele deixou fluir de seus pensamentos. Mas, o que é melhor... Que deseja desaguar no "coração" de seus leitores para aplacar o "tsunami" do passado não elaborado por tantas perdas afetivas.
Alda de Cássia
Alda de Cássia