segunda-feira, 18 de março de 2019

É bem assim...


Um médico/docente, chega com os seus alunos em uma enfermaria. Puxa o lenço de uma paciente que ali aguarda a sua cirurgia. Olhares de espanto dos alunos. De indignação da paciente, que como um cabo de guerra puxa o lençol, já que está seminua e a voz de desumanidade de quem se diz médico: "Pare com isso! Eles serão os futuros médicos. Deixe de vergonha! ‘’.

Como ser indiferente a uma cena deprimente como essa? Eu, ali, estudante do terceiro ano de terapia ocupacional me senti duplamente agredida: como ser humano e como estudante.

O que é isso? Foi o meu pensamento. Ao falar com a professora do estágio, queixei-me do fato. Fui logo falando que era um absurdo e tendo visto na fisionomia dela certo olhar de indignação também, mas cautelosa, apenas me falou que certos profissionais são assim!

Não, não quero ser assim tão desumana e desrespeitosa. Como disse, fui logo falando e, desde aquele dia, firmei um compromisso comigo de nunca, em hipótese nenhuma desrespeitar um paciente, seja por ações ou atitudes. Deve ser por isso que, ‘’policio’’ as minhas condutas.

Enfim, o paciente não pode ser visto como um número no ‘’leito tal’’ ou uma ‘’doença tal’’ e sim um ser humano digno de respeito e de um tratamento humanizado, que está ali adoecido buscando tratamento.

Bjs,
Alda de Cássia


*Imagem: Acadêmia Médica