"Meu amigo Wilson costuma
despedir-se das pessoas com um abraço e com a seguinte frase: – “Coragem,
irmão!” Sempre achei isso engraçado, não pela frase em si, mas pela maneira
como ele a pronunciava.
Nunca havia refletido sobre ela,
mas, ultimamente, confesso que ela não sai da minha cabeça, não pela palavra
coragem, mas pela palavra medo.
Ultimamente tenho ouvido e lido
muito essa palavra, mais do que desejo. Medo da violência, do desaquecimento
da economia mundial, da taxa de juros, da perda do emprego.
Sejamos justos com o medo, pois ele
também tem seus méritos, e sem ele nosso instinto de sobrevivência seria
muito comprometido. Mas o medo paralisa, inibe a criatividade e pode até
estagnar sua carreira.
Não dá para ser um talento com medo
de errar, de inovar, de ser punido pela vida o tempo todo. O medo deve ser
usado como a força que pode te levar rumo ao topo. Aí entra o antônimo do
medo, ou seja, a palavra coragem.
A origem da palavra coragem é
latina – cordis – que significa coração. Ter coragem é ter
firmeza de espírito, valentia e perseverança.
“Coragem é resistência ao medo,
domínio do medo, e não a ausência do medo”- declarou o escritor e humorista
americano Mark Twain (1835 – 1910).
Então não tem jeito, para ser
reconhecido e se tornar um verdadeiro talento, a primeira coisa a fazer é
refletir e verificar se em seu dia-a-dia você está tomando o que chamo de
‘atitudes corajosas’. Entre as várias atitudes corajosas que devemos ter,
quero destacar algumas. São elas:
O talento dever ter coragem para
ousar
Não ter medo de inovar, de se
expor, de sair da rotina, do lugar comum. Ousar em fazer o algo a mais, em
exigir o máximo de si, e nunca aceitar a mediocridade. Ser excelente deve ser
uma satisfação própria, um mérito pessoal, sem se preocupar em demasia com o
que todos os outros pensam. Ousar em ser o senhor do seu próprio destino.
O talento dever ter coragem para
enfrentar adversidades
Não existe vida sem obstáculos, não
existe crescimento sustentável sem crises. Abandone o método Avestruz, aquele
em que dá vontade de colocar a cabeça dentro de um buraco até tudo passar. As
adversidades existem para torná-lo um profissional e um ser humano melhor.
Eu o desafio a encontrar uma
história de sucesso onde seu protagonista não tenha passado por situações
difíceis e complicadas. Pode ter certeza de que você não vai encontrar.
O talento deve ter coragem para ser
ético e íntegro
No mundo de hoje temos a impressão
que ser ético e íntegro é uma grande bobagem. Mas não basta ter essas
qualidades somente em grandes atos. A ética e a integridade se fazem valer
nos pequenos desafios diários, como respeitar seu concorrente, brigar por uma
promoção ou por um aumento salarial tendo como base o seu desempenho e
resultados.
Não abusar da sua autoridade como
líder ou entender de uma vez por todas que seus fornecedores também precisam
sobreviver e crescer no mercado e que nem sempre o famoso cliente tem razão.
Os fins não justificam os meios e se tudo mundo faz, você não precisa fazer
também.
O talento deve ter coragem para ser
feliz
Esse é o maior desafio do talento
no dias de hoje. Conseguir equilibrar a vida pessoal com a profissional. Descubra
o que realmente importa na sua vida. Quais são seus limites, o que é
suportável, do que vale a pena abrir mão ou não.
O talento trabalha muito é verdade,
mas também se diverte no trabalho, encontra significado naquilo que faz e
assim sua energia positiva contagia todos à sua volta. O talento tem não tem
medo de ser feliz e da forma mais natural do mundo acredita ser merecedor de
tal presente.
Talento sem coragem não progride.
Apenas a coragem sem o talento pouco consegue realizar. Mude seu pensamento e
troque sempre que puder a palavra medo pela palavra coragem. Não pense – eu
tenho medo de perder o emprego ou meu negócio! Pense: – eu vou ter coragem
para fazer a diferença nessa empresa e fazer esse negócio crescer.
Agora vou cometer um plágio e assim
como sempre faz meu amigo Wilson, me despeço de você com um abraço afetuoso e
desejando-lhe: – “Coragem, irmão!”
Autor: Paulo Araújo – Especialista em Inteligência em
Vendas e Motivação de Talentos – Diretor da Clientar – Projetos de
Inteligência em vendas – Autor de “Paixão por vender”.
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