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Querendo
responder a este questionamento, elaborei uma atividade terapêutica e
selecionei alguns recursos materiais, para que a atividade fosse
auto-expressiva.
Fiz a
atividade em 5 enfermarias e, após as sessões, coletei relatos e analisei as
atividades. Mas, fiz minhas observações juntamente com as ponderações para cada
paciente e em conjunto.
O que
constatei? Durante um mês, consegui verificar que de 6 pacientes internadas com
diagnóstico confirmado de câncer de fígado, pelo menos 2 projetaram na
atividade realizada sentimentos de raiva e mágoa.
Uma das
pacientes ficou surpresa, ao perceber que nutria uma mágoa de seu ex-marido e
este sentimento negativo havia tomado uma dimensão muito grande em sua
vida.
Na
atividade terapêutica ficou bem claro. A simbolização por meio das cores e dos
sentimentos negados, mas revelados, as fizeram refletir. O passado era o seu
presente, entretanto o seu presente era ‘’a mágoa’’.
Ao final
de cada sessão, cada paciente conseguiu perceber a sua dificuldade de elaborar experiências passadas, que geraram o
tal sentimento, assim como o atendimento proporcionou a percepção e até certa
elaboração.
Após alta
médica e da terapia ocupacional, foi feita a orientação quanto à necessidade de
buscar atendimentos terapêuticos, pois eram
sentimentos gerados, alimentados e nutridos ainda no presente e que em uma só
sessão terapêutica não poderiam ser resolvidos.
Enfim,
penso que a mágoa é um ácido corrosivo. Ele cai na corrente sanguínea até
chegar ao coração e depois se desvia como ‘’braços de rios’’ pelo corpo,
deixando o corpo adoecido.
Bjs,
Alda