Trabalho com crianças com
Deficiência Intelectual e Múltiplas, e, ultimamente, estou me permitindo ter
‘’um olhar diferente’’, principalmente para as crianças autistas.
Alguns até dizem: ‘’Eles
vivem no mundo deles’’, ‘’Parece no mundo da lua’’, ‘’Eles são tão diferentes’’,
‘’Vão ficar assim a vida toda?’’. Entre outras...
Semana passada, entrou um
menino Autista, que atendi logo que ele entrou no Programa de Atendimento
Terapêutico. Ele já mudou de Programa, mas não deixa de dar uma ‘’espiadinha’’
no setor de Terapia Ocupacional.
As mães das crianças que
atendo, ficaram no primeiro momento assustadas, pois ele entrou bruscamente e
buscando algo, no caso era o computador, já que na época eu trabalhava com ele
no computador.
Ele falou algumas palavras
repetitivas (Ecolalia), mas também mencionou que a Terapeuta Ocupacional havia
faltado. Bem, disse "Bom Dia" para ele e disse que voltasse para o
atendimento com a psicóloga que seria logo em seguida.
Ele saiu dando ‘’tchau’’ e
as mães logo foram perguntando sobre ele. Expliquei e falei o quanto ele havia
evoluído, já que quando chegou ele só gritava como comunicação.
Uma coisa eu sei, nunca
duvidei do quanto os Programas Terapêuticos Ocupacionais podem estimular, favorecer,
trabalhar e habilitar uma pessoa que apresente uma deficiência.
Mas, não é só o terapeuta ocupacional
que consegue obter êxito, como também outros profissionais que devem fazer
parte de uma equipe Interdisciplinar ou multidisciplinar.
Cada um na sua
especificidade, mas todos com objetivos comuns que são o de proporcionar
autonomia e autogestão para que possam ter oportunidades de se desenvolver
globalmente.
Enfim, respeitar a
individualidade, compreender que as limitações não limitam á vida e descobrir
potencialidades ainda não exploradas, faz toda a diferença no futuro dessa
criança, jovem ou adulto amanhã.
Bjs,
Alda