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Recebemos um link, da nossa amiga Benvinda Neves, que hoje é a nossa ‘’mana’’, até porque está em nossa vida há muito tempo, aqui no Blog Diário das Gêmeas Paraenses e aqueles que hoje são chamados de ‘’manas’’ ou ‘’manos’’, já fazem da nossa família virtual, pois todo dia deixam seu recadinho e seu ‘’Bom Dia’’, ‘’Boa Tarde’’ e ‘’Boa Noite!’’
Ela sempre compartilha seus pensamentos, suas
opiniões e um pouco de si. É tão bom poder ler um pouco do que o outro pensa e
sente, uma troca que nos engrandece sempre.
No inicio do mês, ela colocou
um link de uma de suas preferências literárias. Fui dar uma ‘’espiadinha’’ e,
confesso, que fiquei inspirada no poema da portuguesa Florbela Espanca.
Que belo poema, “’Ser
Poeta’’’. A harmonia do arranjo musical também deu um ‘’ ar de beleza e
plenitude’’. Confesso, que fui buscar a tradução do poema e, no final deste
bate-papo, estará na íntegra. Ok?
Penso que...
O poeta ‘’sai
de si‘’ e encontra nas palavras asas para voar. Um voo em direção ao horizonte,
mas sem hora para chegar. Até porque, o poeta não pode se limitar em seu voo,
caso contrário ficara preso á realidade e não ao imaginário.
O poeta sonha alto, sonha
sem se preocupar se será criticado por mentes limitadas e presas a preconceitos.
O poeta dá vida, em terras semi-áridas, coloca cor no preto e branco assim como
dá aroma marcante no mundo confuso de tantos cheiros.
Mas, o poeta também sabe que
nem todos vão compreendê-lo nos seus devaneios, pois alguns poucos vão
imaginá-lo como alguém sofrido de amor e que renuncia à normalidade em nome dos
seus ‘’insights’’.
Enfim, a última estrofe é de uma identidade
própria do ‘’Ser Poeta’’, que é o exagero de sentimentos propositais. Pois o
poeta ama cada momento e o transforma em palavras, que se eternizam como o
primeiro beijo roubado em sua amada.
‘’Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
do que os homens, morder como quem beija
É ser mendigo e dar como quem seja
É ser rei do reino de aquém e de além dor
É ter de mil desejos o explendor
E não saber sequer que se deseja
É ter ca dentro um astro que flameja
É ter garras e asas de condor...
É ter fome, é ter sede de infinito
Por essas manhãs d'ouro e de cetim
É condensar o mundo num só grito...
E é amar-te assim, perdidamente
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando, a toda a gente...’’
Bjs,
Alda