terça-feira, 4 de agosto de 2015

Revista: Grandes temas do conhecimento psicologia.


Hoje vou falar sobre um assunto que fala sobre relacionamentos‘’: Por que algumas pessoas relacionam-se de forma doentia?’’. Sei que é um tema muito delicado para se falar, mas quem não conhece alguém que vive um relacionamento assim?

Quem não conhece uma pessoa que diz que o seu ser idealizado é o amor da sua vida e que seria capaz de morrer, caso ele a deixasse, por exemplo? Ou mulheres que sabem que são traídas, mas alimentam a relação, porque tem medo de não encontrar mais ninguém que as queira?

Epaaaa...Não é só as mulheres que passam por isso, pois,já vi homens que a mulher vira um ‘’objeto de desejo’’ e assim, não perdê-la significa ser ‘’diminuído como homem’’.Daí, podem acontecer os crimes passionais.

Vamos lá!

O texto é de Isabel Cristina Gomes que é professora titular do departamento de Psicologia Clínica no Instituto de Psicologia da USP.

Ela fala dos fatores internos e externos, que explicam o amor patológico. É um texto muito interessante. Infelizmente, não vou poder falar de tudo que li, mas vou colocar tópicos, pois acredito que ficara mais fácil o entendimento.

As causas internas seriam ligadas ‘’às características de personalidade de cada cônjuge e às influência externas e aos modelos de famílias de origem de cada um – e fatores sociais e econômicos associados à vida atual’’.

A autora fala sobre ás motivações conscientes e inconscientes para a escolha do parceiro: as conscientes são, em geral, atração envolvendo aparências físicas e características de personalidade, admiração pelo o que o outro é ou até pelo status social.

Seria a busca da ‘’outra metade da laranja’’, do ponto de vista psicanalítico. Na paixão, isso é, característica e, para muitos, é sinônimo de amor.

Bem, ela fala sobre a paixão e os seus significados e significantes.E veja que interessante quando ela fala da transformação da paixão em amor:

‘’ Na maioria das vezes, a convivência mútua ao longo do tempo vai sobrepondo o EU real de cada um e com isso atingimos a des (idealização), que gera como consequência o término da paixão e o início de um amor mais maduro (com o respeito às individualidades de cada um) ou, de modo mais drástico, o rompimento da relação. ’’

Quanto às motivações inconscientes, olhem que interessante a colocação da autora para embasar sua fala logo em seguida:

‘’ ...Freud vai enfatizar que as escolhas amorosas estão relacionadas à resolução do complexo de Édipo,ou seja, o homem vai buscar uma mulher á semelhança da sua mãe, e igualmente,a mulher busca um parceiro á semelhança do seu pai’’.

Daí, a escolha amorosa pode ser de ‘’determinada por um mecanismo de transmissão psíquica inconsciente, cujo material que a compõe pode estar em gerações passadas e ser a causa dos vínculos patológicos’’.

Ela conta casos dois casos de  amores patológicos, que trazem toda uma carga psicológica de exemplos na relação mãe e que depois reflete na de marido e mulher.

Eu, particularmente, sempre digo para as minhas pacientes que amor é cumplicidade a dois. É fazer com que o melhor do outro venha à tona na relação.

Seria não um complementando o outro,mas transbordando-se mutuamente, e, quando ocorre agressão, seja verbal ou física, então não há mais amor.

E digo mais, quando uma mulher apanha do marido pela manhã e dorme com ele á noite, ela reforça o significado para o agressor de que, ela é o seu ‘’objeto sexual’’ , seu ‘’objeto de desejo e posse’’.

Por um tempo, a mulher pode até aceitar essa situação doentia, mas o pior vem quando ela, cansada de tanta violência, resolve dar um basta, mas sempre é tarde demais, porque o parceiro não aceita o fim do ciclo de abuso e violência.

Um texto muito acessível para a leitura de quem se interessar pelo assunto e faço um alerta às mulheres que ‘’morrem de amor pelos seus parceiros’’: Não se esqueçam que o amor é como um jardim de belas rosa onde você e o seu parceiro são botões que desabrocham a cada novo dia,mas cada um em seu tempo".

Super dica!

Bjs,
Alda