Hoje vou falar sobre um
assunto que fala sobre relacionamentos‘’: Por que algumas pessoas relacionam-se
de forma doentia?’’. Sei que é um tema muito delicado para se falar, mas quem
não conhece alguém que vive um relacionamento assim?
Quem não conhece uma pessoa
que diz que o seu ser idealizado é o amor da sua vida e que seria capaz de
morrer, caso ele a deixasse, por exemplo? Ou mulheres que sabem que são
traídas, mas alimentam a relação, porque tem medo de não encontrar mais ninguém
que as queira?
Epaaaa...Não é só as
mulheres que passam por isso, pois,já vi homens que a mulher vira um ‘’objeto
de desejo’’ e assim, não perdê-la significa ser ‘’diminuído como homem’’.Daí, podem
acontecer os crimes passionais.
Vamos lá!
O texto é de Isabel Cristina
Gomes que é professora titular do departamento de Psicologia Clínica no
Instituto de Psicologia da USP.
Ela fala dos fatores
internos e externos, que explicam o amor patológico. É um texto muito
interessante. Infelizmente, não vou poder falar de tudo que li, mas vou colocar
tópicos, pois acredito que ficara mais fácil o entendimento.
As causas internas seriam
ligadas ‘’às características de personalidade de cada cônjuge e às influência
externas e aos modelos de famílias de origem de cada um – e fatores sociais e
econômicos associados à vida atual’’.
A autora fala sobre ás
motivações conscientes e inconscientes para a escolha do parceiro: as
conscientes são, em geral, atração envolvendo aparências físicas e
características de personalidade, admiração pelo o que o outro é ou até pelo
status social.
Seria a busca da ‘’outra
metade da laranja’’, do ponto de vista psicanalítico. Na paixão, isso é,
característica e, para muitos, é sinônimo de amor.
Bem, ela fala sobre a paixão
e os seus significados e significantes.E veja que interessante quando ela fala
da transformação da paixão em amor:
‘’ Na maioria
das vezes, a convivência mútua ao longo do tempo vai sobrepondo o EU real de
cada um e com isso atingimos a des (idealização), que gera como consequência o
término da paixão e o início de um amor mais maduro (com o respeito às
individualidades de cada um) ou, de modo mais drástico, o rompimento da
relação. ’’
Quanto às motivações
inconscientes, olhem que interessante a colocação da autora para embasar sua
fala logo em seguida:
‘’ ...Freud
vai enfatizar que as escolhas amorosas estão relacionadas à resolução do
complexo de Édipo,ou seja, o homem vai buscar uma mulher á semelhança da sua
mãe, e igualmente,a mulher busca um parceiro á semelhança do seu pai’’.
Daí, a escolha amorosa pode
ser de ‘’determinada por um mecanismo de transmissão psíquica inconsciente,
cujo material que a compõe pode estar em gerações passadas e ser a causa dos
vínculos patológicos’’.
Ela conta casos dois casos
de amores patológicos, que trazem toda
uma carga psicológica de exemplos na relação mãe e que depois reflete na de
marido e mulher.
Eu, particularmente, sempre
digo para as minhas pacientes que amor é cumplicidade a dois. É fazer com que o
melhor do outro venha à tona na relação.
Seria não um complementando
o outro,mas transbordando-se mutuamente, e, quando ocorre agressão, seja verbal
ou física, então não há mais amor.
E digo mais, quando uma
mulher apanha do marido pela manhã e dorme com ele á noite, ela reforça o
significado para o agressor de que, ela é o seu ‘’objeto sexual’’ , seu
‘’objeto de desejo e posse’’.
Por um tempo, a mulher pode
até aceitar essa situação doentia, mas o pior vem quando ela, cansada de tanta
violência, resolve dar um basta, mas sempre é tarde demais, porque o parceiro
não aceita o fim do ciclo de abuso e violência.
Um texto muito acessível
para a leitura de quem se interessar pelo assunto e faço um alerta às mulheres
que ‘’morrem de amor pelos seus parceiros’’: Não se esqueçam que o amor é como
um jardim de belas rosa onde você e o seu parceiro são botões que desabrocham a
cada novo dia,mas cada um em seu tempo".
Super dica!
Bjs,
Alda