Procuramos sempre divulgar
aqui, pelo Blog Diário das Gêmeas Paraenses, um pouco das lendas e crendices da
região norte, principalmente daqui de Belém do Pará.
Ainda não havia tido a oportunidade de ler
artigos desta revista. Ao ler, achei que deveria compartilhar um pouco do que eu
e a ‘’mana abençoada ‘’ ouvíamos da nossa mãe quando éramos crianças.
Esta revista fala sobre:
Deuses e mitos de Jurupari a Tupã; As mães das águas; Boiuna; O boto; O
curupira; A pajelança; o pajé e o seu mundo; entre outros. Muito interessante!
Vou escolher falar hoje,
sobre o "boto’’. Desde pequenas, nossa mãe falava deste ‘’homem boto’’, que
pegava as moças e as encantavas nas noites enluaradas,nas regiões ribeirinhas.
Seria o ‘’Don Juan’’, só que
um cabloco cheio de encantos e encantamentos, que sai das águas vestido de
branco e um chapéu, que nunca tira da cabeça.
Nas festas, ele atrai as
moças com suas danças envolventes. Ele é carismático, um ‘’excelente pé de
valsa’’, um beberrão de primeira. Bem, ele não mata suas vítimas, apenas as
deixa ‘’prenhas’’ e desaparece, sem assumir a paternidade.
Ah, esqueci de dizer, que o
chapéu que o Boto usa na cabeça é para esconder o ‘’furinho’’ que possui.Até me
lembro, que a nossa mãe dizia que as moças do interior quando desconfiavam de
um homem,elas ficavam de olho se ele permanecia por muito tempo com o chapéu na
cabeça.
Aqui em Belém, já ouvi
muitas brincadeiras em relação ao Boto. Como a mulher que engravida e não quer
dizer o nome do pai... ’’Foi o Boto, maninha!’’ Ou então: ‘’Nem parece à cara
do pai. Deve ser do Boto!’’(rs).
Confesso, que tenho o hábito
de brincar com as jovens acompanhantes dos meus pacientes, para que, tenham
cuidado com ‘’o Boto’’nas festas que costumam ir. Essa forma de falar, é uma
maneira bem humorada de dizer: ’’cuidado com a gravidez indesejada’’.
Bjs,
Alda