Hoje, quero contar uma história que aconteceu comigo. O fato é que
‘’recebi um calote terapêutico!’’(rs), quando atendi uma criança com
deficiência intelectual em domicilio.
Foi há cerca de 5 anos, mas lembrei desse fato quando estava na fila com
a ‘’mana abençoada’’. Contei a ela que um dia, nesta mesma loja, uma senhora
olhou para mim e disse:’’Conheço você de algum lugar?’’.
Confesso que fui pega de surpresa! Após alguns segundos, lembrei que
atendi a filha dela em domicílio e, ao tentar receber o meu pagamento do mês,
ela ‘’me enrolou’’.
Pediu que, eu passasse no dia seguinte para pegar o dinheiro. Passei, ou
melhor, fiquei na porta de fora tocando a campainha e ela não foi abrir a
porta. Mas sabia que ela estava dentro de casa. O carro estava dentro da
garagem e vi um vulto na cozinha, que tinha as características dela.
Liguei então. A cuidadora da criança com uma voz ‘’toda desconfiada",
disse que ela não estava. Liguei outros dias e ela sempre me prometia o
pagamento.
Sabe de uma coisa?Não liguei mais e não a procurei. Tive a certeza que
ela ‘’me deu o calote’’ e olha que era uma funcionária de carreira em uma
grande Universidade daqui de Belém.Amo ser Terapeuta Ocupacional por isso, sigo em frente,sem olhar para trás.
Mas, sim... Voltando! Na hora, lembrei-me de tudo isso e disse: ’’Ahhhhh...Eu
atendia sua filha ..... Em sua casa. Lembra???".
Ela, toda desconfiada, deu um sorriso ‘’sem graça’’ e baixou a
cabeça....
Na fila eu disse para a ‘’mana abençoada’’: ’’Ela teve muita sorte. Se
eu fosse barraqueira, eu teria dito que, além de caloteira, ela era
desmemoriada!’’(rs)
Rimos ambas na fila e uma senhora em nossa frente, também riu...
Aprendiii no bolso a lição!!Nosso avô Antônio dizia: ‘’A palavra de um
homem sempre tem que ser honrada pelos seus atos. Não precisa colocar no papel
o quanto você deve e sim honrar a palavra que você deu, a quem lhe emprestou no
momento mais difícil da sua vida’’.
Bjs,
Alda