Olá amigos !
Conforme prometido vamos publicar na íntegra o primeiro
capítulo da obra “Amores Conturbados” da
escritora Nara Susane Klein. Temos certeza que você vai ser surpreender com
cada linha deste romance escrito pela autora que faz do seu dom de escrever uma
viagem ao mundo dos sonhos.
Não esqueça de acompanhar os
demais capítulos em seu Blog http://narasusaneklein.wordpress.com
Bjs,
Vi
AMORES CONTURBADOS - CORAÇÕES ARDENTES
SINOPSE:
Numa chamada de resgate, o bombeiro
Inácio conhece Naomi. A atração foi instantânea. Entre provocações para
deixá-la irritada, salvamentos e beijos ardentes, Inácio foi conquistando
Naomi. Complicações surgem quando ocorre um acidente no trabalho de Inácio.
Para não envolvê-la em seus problemas, ele decide deixá-la. Mas Naomi é
persistente e vai lutar com unhas e dentes para ajudar seu amado.
CAPÍTULO 01
Naomi terminou a seção de fotografias
no prédio da revista Original Fashion, para a qual foi contratada através da
agência Toque Mágico, onde trabalhava.
Entrou no elevador vazio e apertou o
botão para o andar térreo. Eram dez andares para descer. Enquanto descia, verificava
as fotos no visor da câmera profissional. A edição da revista ficaria ótima! As
fotos saíram perfeitas e as modelos eram muito bonitas.
De repente, em meio aos seus
pensamentos, o elevador parou. Naomi olhou ao redor e viu um princípio de fogo,
por conta de um cabo que arrebentou. Mal conseguiu ver o fogo, a luz apagou. Em
pânico, tateou o painel e encontrou um interfone. Interfonou para a portaria,
pedindo ajuda e contando-lhe da situação. O porteiro disse para manter a calma,
que chamaria os bombeiros para resgatá-la.
“Odeio elevadores!”, pensava, enquanto
aguardava a chegada do resgate. Detestava usá-los, por medo de que algo
parecido pudesse acontecer algum dia, mas não tinha como evitá-los em seu
trabalho.
A espera era angustiante, o fogo
aumentava de proporção e aproximava-se de Naomi. Ela estava apavorada, pensando
que aquela seria sua morte.
Mas, como um anjo em meio ao fogo, um
homem apareceu. Apagou o fogo com o extintor e abriu o teto do elevador.
— Venha, pegue minha mão… depressa!
Naomi pegou sua mão, ele puxou-a para
cima pela cintura e subiu com ela entre seus braços até o andar de cima, na
outra porta de elevador. Enquanto subiam, o fogo no elevador que haviam deixado
para trás reacendeu, o cabo arrebentou e o elevador foi caindo prédio abaixo.
Naomi só conseguia pensar que se estivesse ainda lá dentro, estaria
esborrachada lá no chão do térreo.
Foi então, que reparou nas roupas do
homem. Eram roupas de bombeiro. Alívio e gratidão tomaram conta de seu coração.
Mas não conseguia expressar palavra alguma para o bombeiro que a havia salvado.
— Pronto, agora estamos a salvo… — ele
disse, quando chegaram ao andar de cima.
— Ainda não… preciso urgentemente sair
daqui! — ela disse apavorada. — Mas agora, vou de escada… — e saiu correndo
pela escada que encontrou à sua direita.
— Espere! — ele gritou e a seguiu. — Eu
vou com você. Preciso me certificar que chegue bem até lá embaixo…
E ambos desceram ao lado um do outro,
em silêncio.
Quando chegaram à calçada em frente ao
prédio, Naomi virou-se de frente ao bombeiro e fitou-o. Aquele era seu
salvador. Agora podia vê-lo bem melhor do que naquela escuridão do elevador.
Ele era bonito. Tinha olhos e cabelos negros como a noite. Uma mulher poderia
deixar-se perder nessa escuridão. Dava para perceber que, por baixo daquela
roupa toda, havia um corpo másculo. Ele era incrivelmente sexy…
Da mesma forma, ele observava-a,
encontrando sensualidade e beleza em tudo o que via. Os olhos cor de mel,
repletos de doçura. Corpo escultural e cheio de curvas maravilhosas. Cabelos
cor de fogo, selvagens. Ah, esses cabelos! Provocavam-no à loucura! Tinha
certeza que por dentro daquela mulher corria um fogo capaz de queimar qualquer
homem.
— Posso saber o nome do meu salvador? —
ela interrompeu o momento de inspeção.
— Inácio. Prazer — respondeu ele,
estendendo a mão. — E posso saber o nome da donzela em perigo?
Ela riu.
— Naomi. Prazer — ela disse, estendendo
a mão. — Como posso lhe agradecer?
— Bem… posso pensar em algo
extremamente prazeroso… — ele disse em tom sugestivo.
— Eu não sou desse tipo! — ela exclamou
nervosa.
— Que tipo? — ele perguntou, se
fingindo de inocente.
— Que vê um cara e um minuto depois vai
para cama com ele — ela disse irritada. Aquele homem estava enchendo sua
paciência!
Ele tirou seu relógio do bolso e falou:
— Já se passou uma hora… — e deu um
sorriso sensual.
Ela revirou os olhos.
— Você entendeu o que eu quis dizer! —
ela esbravejou. Aquilo foi a gota d’água! “Mas que homem irritante!”,
pensava ela. Além de safado, deixava seus nervos em frangalhos! Não ficaria ali
para ouvir besteiras!
Ela virou-se de costas e foi saindo.
Ele alcançou-a e pegou-a pelo braço.
— Ei! Espere aí!
Ela se virou. Estava com cara de poucos
amigos. Ele respirou fundo e continuou:
— Desculpe se a deixei irritada… — ele
disse, com ternura. — Sorte a minha, porque você fica linda quando está brava…
— completou, com um sorriso.
Ela queria rir, mas se forçou a
manter-se séria e falou com frieza:
— Está me bajulando, agora?
— Estava pensando em algo como “te
seduzindo com meu charme”… — ele respondeu, rindo. Ela não conseguiu se segurar
e riu também.
— Está dando certo…
— Que bom — ele deu uma pausa,
fitando-a profundamente. — Quando eu disse que pensava em algo prazeroso, estava
falando em sair para jantar…
Não era exatamente verdade isso.
Realmente, ele pensou em jantar primeiro, mas também pensou no que viria
depois… Claro que não poderia fazê-la perceber isso, ou então, pensaria que era
um pervertido.
— Oh… — ela corou fortemente. —
Desculpe. Eu pensei… Ai, que vergonha!
— ela exclamou, colocando suas mãos no
rosto.
— Não se preocupe com isso… já passou…
— ele disse, sorrindo carinhosamente. — Então… qual é a resposta para meu
convite?
— Almoço.
— O que?
— Aceito almoçar com você.
— Ah… compreendo…
Ela estava sendo difícil, mas ele sabia
que seria assim. Almoço ou jantar, daria no mesmo. Naomi não resistiria, ele
faria de tudo para deixá-la ardente de desejo, assim como ele estava naquele
momento.
— Amanhã, ao meio-dia, no Sabor
Extremo? — perguntou ela.
— Claro, claro…
— Você está bem, Inácio?
— Por que pergunta?
— Você está meio pálido…
Com certeza, estava mesmo. Todos os
planos que corriam em sua mente sobre aquele jantar foram por água abaixo.
Teria que pensar em outra estratégia. Ou então, seu corpo queimaria nesse
desejo infernal…
— Eu estou bem. — disse ele. —
Combinado, então, para amanhã ao meio-dia?
— Combinado.
Ela deu a volta, indo embora. Inácio
ficou paralisado no mesmo lugar, observando o ondular dos seus quadris ao
caminhar, aquela bunda perfeita enfeitiçando-o, provocando-o. E, para
completar, aqueles cabelos de fogo… Céus! A situação se complicava dentro de
suas calças! Respirou fundo, virou-se e entrou no prédio para terminar seu trabalho.
Copyright © Nara Susane Klein, 2014.
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