Hoje, vou contar este conto, ’’A Transformação’’que fala do desejo de um
menino de 10 anos de idade, que desejava ser Presidente da República e
transformar o seu país em um lugar melhor para se viver.
Quem nunca desejou fazer isso?Eu confesso que não penso tão alto, ou
seja, ser Presidente da República (rs). Mas, desejo do fundo do meu coração,
ser uma pessoa transformadora de vidas, tendo a possibilidade, através do meu
trabalho como terapeuta ocupacional, ou como cidadã Alda, criar uma rede
solidária.
Pois bem, espero que você goste deste conto. E lembre-se, toda mudança
parte de você para o mundo e toda transformação brota em corações que sabem que
somos filhos de um mesmo Pai, que nos ama incondicionalmente. Por isso,
precisamos ajudar os nossos irmãos menos favorecidos.
A Transformação
Existia uma criança chamada Nicolas.
Era um menino sonhador. Mesmo com 10 anos de idade, almejava ser Presidente da
República um dia! Conforme dizia sempre para sua mãe em suas longas conversas
no final da tarde.
Estava cansado de ver seu pai
trabalhar muito e ganhar pouco, de sua mãe ter que fazer ‘’um bico’’ para
ajudar nas despesas da casa. Via seu sofrimento no posto de saúde quando o
doente ficava aguardando o médico chegar. E quando medicado, não havia remédios
para tomar. O governo há meses não repassava para a Prefeitura
a verba em sua cidade do interior.
Quando foi para capital estudar os
ônibus estavam sempre lotados com os passageiros em pé. Um sufoco para
quem pegava transporte público! Sua alimentação era restrita. Quando
havia feijão com arroz em casa era uma festa! As campanhas diziam da
importância da alimentação para o crescimento de toda criança. Mas como
alimentar-se bem se a cesta básica era tão cara?
Na escola ele também sofria. Havia
falta de merenda escolar, de professores e com o período de chuvas ir até a
escola era muito difícil. Era preciso passar por uma ponte sobre um rio. A
ponte estava quebrada e o perigo era grande na travessia.
Por tudo isso, à noite Nicolas ao pé
da cama rezava e pedia a Deus que seu sonho fosse realizado quando crescesse
.Queria um mundo melhor com pessoas melhores e felizes. Esta era a sua meta.
Em uma de suas aulas de História, leu
um certo livro que marcou muito a sua vida. Não recorda muito,o nome do livro,
pois foi há muito tempo. Era sobre John Kennedy e a sua trajetória como
presidente dos Estados Unidos.
Inúmeras foram suas reflexões e
ponderações sobre vários assuntos, mas ele recorda de um trecho: ‘’
Quando no futuro o alto tribunal da História se reunir para julgar cada um de
nós, nosso sucesso ou fracasso será avaliado em função das respostas a quatro
perguntas: Éramos nós homens de coragem? Éramos nós homens íntegros? Éramos nós
homens dedicados? Éramos nós homens com capacidade de discernimentos?”
O ex-presidente Americano morreu, ou
melhor, foi assassinado. Mas seu pensamento ainda vive em muitos.
E com essa reflexão Nicolas cresceu, estudou muito e conseguiu
ingressar em uma Universidade. O caminho foi árduo, mas ele teve coragem para
enfrentar as ruas desertas ao chegar de madrugada em casa, integridade para não
perder seus valores diante de falsas promessas de vida melhor sem trabalho,
dedicação para aprender na Universidade a teoria que na prática seria a sua
porta de entrada em um bom trabalho e discernimento que o fez separar o bem do
mal.
Não chegou ao cargo de Presidente da
República, pois conheceu o universo político que o fez repensar sobre seus
valores. Acreditou que ser líder em sua comunidade era mais significativo para
seus planos. Foi quando fundou uma ONG, da qual hoje é o presidente.
Todo o mês consegue cestas básicas
doadas pelos grandes empresários do bairro. Implantou o vale-brinquedo, no qual
cada criança com um aproveitamento de 80% na escola teria direito a um
brinquedo. Sua mais valiosa obra eram as oficinas pedagógicas e terapêuticas,
nas quais os jovens infratores condenados pela justiça tinham o direito de ter
uma oportunidade de mudar sua vida através da arte e dos estudos.
Hoje, ao falar do seu trabalho,
Nicolas menciona Madre Teresa de Calcutá. Sempre dizia, quando questionada de
seu trabalho, que o que ela fazia até podia ser uma gota no oceano. Mas
ressaltava: “O que seria o oceano sem as gotas?”
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Transformar o mundo era uma utopia. Mas transformar-se primeiro, é uma
necessidade. O mundo não vai mudar porque você deseja, mas a sua mudança
interior pode mudar o pensamento de quem vive neste mundo. O compromisso em
fazer o bem é possível, desde que você queira ser uma destas ‘’gotas’’ neste
oceano chamado planeta Terra.
Bjs,
Alda