quarta-feira, 4 de junho de 2014

Nos braços de Deus.





Hoje, acordei com uma saudade infinita da minha prima, que faleceu ontem. A sensação é de caminhar sem chão, de fala sem voz e de abraço no vazio.

Penso que saudade é ferimento sem cicatrização. Talvez, o remédio tenha um nome: Amor de Deus e um sobrenome: Tempo. A cena dos nossos familiares chorando e de seus pacientes chegando para consulta não me sai da memória.

Fatos marcantes marcam como tatuagens só que, na alma e não no corpo. Mas, Deus nos consola este é o meu consolo e da família. Mais chorar a dor é preciso. Vivência é necessário.

Queria poder voltar a abraçá-la novamente, mas não posso então, vou envolvê-la com o meu pensamento e a minha oração e creio que ela sentirá o meu abraço.

Sei que a morte é passageira. É uma nova vida começando em uma nova dimensão. Mas, a falta é grande. É aquela frase: ’’Você é Terapeuta Ocupacional sabe passar por isso, sem sentir!’’... Nunca foi verdade! Sou ‘’de carne e osso’’ é sinto como toda a perda de alguém especial.

Já consolei muitos e hoje vejo que eu também devo me consolar pois,sei o significado do adoecer,do morrer e do desencarne.Minhas lágrimas são do coração,se é que você consegue me entender.

Mas, quero deixar um recado para você: Se você perdeu alguém especial recentemente como eu e a mana abençoada ou não elaborou o luto de anos dou-lhe um consolo... ‘’Nós que ficamos apenas diminuímos o passo e quem já foi...Correu para os braços de Deus’’.

 Bjs,
Alda