segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Abrace uma palavra!

 Abraços são braços que nos acalentam em dias de luto ou que nos felicitam em dias de conquistas ou mudança de ciclo... Não vejo outro significado para descrever um abraço.

Segundo o Google os tipos de abraços são: ‘’ 1. Abraço de urso – bem apertado, ergue o amigo do chão; 2. Abraço de lado – os amigos ficam lado a lado e se abraçam; 3. Abraço pelas costas – o amigo abraça o outro pelas costas; 4.’’

Pois bem, ele pode ser ‘’no meio do dia’’ ou no final da tarde ou ‘’no calar da noite’’. No meio da rua ou na porta da casa. Pode ser de um amigo ou de um familiar ou de um colega de trabalho. Sei lá! (rs rs)

Na época da pandemia do covid-19, ele era ‘’proibido’’, pois poderia ser ‘’ mortal’’. Quem estava acostumado a dar, tinha que ‘’descostumar na marra’’. Quando ele foi ‘’liberado geral’’, o significado poderia ser de vitória ou de consolo... Foram muitos abraços ‘’de cá e de lá’’.

Aonde desejo chegar? Num abraço, mas como estou aqui e você do outro lado da tela... Vou abraçar a palavra DISTÂNCIA, e espero que o meu abraço chegue bem apertado à você.

 

Alda de Cássia 

 

Imagem: whatsapp 

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Conto: O voo do pássaro

 

 Era uma vez, um pequeno e belo pássaro que vivia sozinho em uma grande gaiola. Passava os dias na sala dos seus donos. Dormia, acordava e assistia televisão. O seu mundo eram as almofadas coloridas, os tapetes e a filha do dono.

Só que o pássaro cresceu e, com isso, começou a sujar a sala. Durante as tardes era tirado da gaiola,  fazendo barulho porque, entediado, queria mudar de vida.

 

Um dia, por descuido, fugiu! Voou bem rápido e o mais alto que suas asas puderam alcançar o voo. Saiu pela sacada e ganhou o mundo.

 

Encantado com a nova vida e curioso, experimentou tudo. Bebeu água suja do lago, comeu restos de biscoitos do parque,  dormiu no relento da noite. Sempre acordava atordoado, pois o barulho da sirene da polícia o despertava.

 

Passaram-se três longos invernos e o pássaro começou a sentir a falta de casa. Não tinha mais interesse em voar. As gotas da chuva quando caiam entristeciam cada vez mais o seu coração. Quando chovia, a pequena Letícia corria até ele e dizia com ternura:. “ A chuva molha as plantas e eu te batizo com essa água, meu amigo passarinho com todo o meu carinho”.

 

Numa bela tarde, uma colorida borboleta chegou pertinho dele e disse: “Por que triste estás? O que foi ? ” Ela  queria entender. O pássaro assim contou sua triste estória.

 

A borboletinha então, convidou-o para juntos procurarem a sua casa.Voaram de norte a sul e, exaustos, pousaram sobre a beirada de uma sacada. Foi quando o pássaro viu aquelas únicas e coloridas almofadas e começou a cantar . A pequena Letícia saiu correndo em sua direção e o afaga como se o tempo não tivesse passado. Para a amizade não há tempo e sim atemporalidade.

 

 

Para refletir:

 

Quando a vida parecer que não tem razão de ser e  desejares mudar, não mudes de casa, de rua ou de país. Muda de tua habitação chamada comodidade e vai à luta sabendo o que desejas da vida. O voo, então, não será em vão. E  voarás no tempo certo! No tempo de colheitas fartas e prósperas!

 

Autora: Alda de Cássia

Arte: Vitória de Cássia 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Trabalhando valores em sala de aula

 


Sim, hoje se pode comprovar que as histórias podem sim ser usadas para se trabalhar valores em sala de aula, seja com alunos da Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II ou Ensino Médio.

Bem, compartilho este livro: ‘’Trabalhando valores em sala de aula – Histórias para rodas de conversa ‘’ de Cris Pizzimeti e que foi lançado pela Editora Vozes.

O livro fala sobre a importância de se fazer uma roda de conversas para se conversar com os alunos de uma forma menos tradicional, mas bem construtiva sobre valores humanos.

Creio que é uma proposta muito interessante, pois é criada assim uma nova estratégia de difundir culturas e temas transversais, de forma que o aluno se apodere de si.

O livro traz sugestão de textos que podem ser usados nas rodas de conversa. No total são 9, cada um direcionado a uma serie e com os valores que podem ser trabalhados.

Ao ler este livro me lembrei dos nossos livros: ‘’Contos Terapêutico: À Procura de respostas’’ e ‘’Contos Terapêuticos; A Roda Gigante e outras Histórias’’ ,lançados em 2016 e 2017, que possuem um ‘’Para Refletir’’ além de temas que os contos trazem  para serem refletidos.

Vou colocar algumas reflexões da autora que acredito que são bem ponderadas e que nos remetem ao resgate do uso de contos como um material ricamente educativo no processo de ensino-aprendizado quando bem trabalhado em sala de aula.

  -   O professor deve ter paixão pela docência para que este amor flua a tal ponto que o aluno seja envolvido pelo desejo de aprender.

- -  Aos alunos o conhecimento é uma porta que eles vão abrir para ter acesso a um mundo de novos conhecimentos.

- -  O uso de rodas vem dos povos indígenas que fazem suas reuniões e rituais em círculos para que os espíritos dos ancestrais possam estar presentes naquela roda.

Ah, Cris conta também suas experiências com seus alunos, tornando assim uma leitura que nos deixa mais a vontade em querer entender a sua proposta de intervenção pedagógica.

Indicação de leitura!


Alda de Cássia

* Imagem: Lojas Americanas

domingo, 27 de outubro de 2024

Conto: A vida ensina

 

 

Lembro-me quando nasceu meu primeiro filho. Ele é fruto do amor que nutri por anos pelo meu marido José! Ah! José, o meu velho, é companheiro, marido e amigo. Casar é fácil, mas ficar mantendo uma relação por deveras é muito difícil. Somos seres únicos, individualizados e o matrimônio não te permite conjugar mais a palavra meu. Tudo tem que ser compartilhado. Amor dividido e até as dívidas, creia nisso, também.

Pois bem ! A história que vou contar a você é um exemplo de um ser muito especial em minha vida: Minha mãe-madrinha, que é exemplo de dedicação. Ela morava no interior do Pará, teve 7 filhos e apenas 4 resistiram à fome de uma terra castigada pela grandes enchentes do rio Araguaia.

 

Eu era adotiva, mas era tratada como filha legítima. Fui amada por meus irmãos adotivos e juntos dividíamos um pedaço de pão e até um prato de feijão, quando a estiagem chegava em nosso terreno.

 

Estudávamos em uma escola de chão batido. De poucas cadeiras, mas existia um ser angelical que se chamava professora Teresinha. Tão dedicada, até comprava cadernos quando sobrava algum dinheiro do seu salário. Mas, caderno a que me refiro se  chamava “borrachura”, folhas de pão costuradas a barbante. Merenda escolar ? Confesso que na época era um bocado de migalhas de pão ao leite de cabra. Lembro-me o quanto era difícil dividir um lugar na mesa de barro, pois éramos 37 crianças em uma mesa que não dava nem 20 pratos. Mas como Deus é bom, comíamos bem espremidinhos e felizes.

 

Não me estenderei muito, pois minha estória é longa, cheia de caminhos incertos, onde as tristezas e as alegrias fizeram parte da minha adolescência. Ah! Tempo que não volta mais ! Meus 80 anos pesam-me nas pernas já tão pesadas. Ando devagar por que já tive pressa ! Repetindo uma parte de letra uma música que gosto de ouvir aqui em casa.Tive espinhas que um sebo de Holanda resolvia. Comer chiclete, ou melhor, mastigar pão duro para ficar mais tempo na boca era chique na época. Hoje, se masca chiclete que os dentistas recomendam. Como tudo muda ! Não é verdade?

 

Queria mudar o mundo ! Mas, agora sei que é preciso mudar a si mesmo para transformar o mundo em um local melhor para se viver. Música ? Viola  e muita cantoria me fazia sacudir o esqueleto. Não tínhamos vícios e também não tínhamos tempo para nos divertir. Carregávamos galões de água na cabeça porque o poço com água cristalina ficava a cerca de 5 metros de nossa humilde casa. Acho que, é por isso que tenho um furinho na cabeça igual boto, que vira e mexe me incomoda.

 

Ah, essa doce felicidade que tantos desejam ! Casa grande, carro na garagem, um emprego seguro, um casamento dos sonhos. Mas muitos tão solitários em meio à multidão ! Minha felicidade chamava-se açaí com tapioca e peixe na brasa. Ficava salivando quando minha mãe fritava aquela gostosura.

 

A vida melhorou, tenho que confessar. Pois, além de meu pai, um excelente pescador, eu e meus irmãos já trabalhávamos. Meu trabalho era em um cartório. Que tempo bons ! Lembro-me que cada criança era um registro e nunca esqueço de um nome que me chamou muita atenção: Preciosa aos olhos do Pai Santos Silva. Estava tão curiosa naquela época que perguntei ao pai a origem do nome. Ele me disse em prantos:

“Minha filha é um presente de Deus. Ela nasceu roxinha, não chorou, mas minha esposa neste momento pediu a Deus: .... “Salve meu Pai a minha filha! Ela é preciosa pra mim sabes disso”.... e aconchegou-a em seus seios e ao erguê-la aos céus, ela chorou.

 

Chorei ao ouvir a história e choro agora quando relato a você. A felicidade, meus caros, não deve ser um calçado que só servirá em seus pés, mas que possa ser ajustado em quem é o seu companheiro de viajem nesta estrada chamada vida.

 

Termino aqui, com a esperança de ter jogado em seu coração uma semente chamada  esperança. Semente que crescerá todas as vezes que você regá-la com a água da coragem e perseverança para lutar por seus ideais e morrerá quando duvidares da sua capacidade. Só os pessimistas recolhem a bandeira da vitória sem terem partido para a batalha . 

 

Pense nisso ! 

 

Autora: Alda de Cássia 

Arte: Vitória de Cássia

sábado, 26 de outubro de 2024

Crenças e Crendices

 



Hoje será um bate-papo bem descontraído. Sim, sim vou falar sobre crenças e crendices de cada dia. E olha que não é pouca coisa nãoooo...(rsrs)
Vou começar contando algumas que passam de geração em geração em nossa família e que na dúvida se vai dar certo ou errado... Fazemosssss algumas (rsrs)


Segundo o Google: 

''Para o folclore, crendice é toda aquela crença em coisas que a lógica não explica. Já a superstição é essa mesma crença envolvendo o medo de conseqüências. Por exemplo, virar a vassoura atrás da porta para a visita ir embora é uma crendice''



Vamos com as nossas !!!

 -

1  Dobrar o lençol assim que levantamos para que o nosso anjo da guarda acorde;

2 Não deixar o sapato virado de cabeça para baixo para não chamar o azar;

3 Não passar debaixo da escada pelo mesmo motivo, só que o azar é por 3 anos;

4  Não se olhar no espelho quebrado, pois o azar multiplica por 7 anos;

5   Beijar o resto de pão antes de jogar no lixo para não faltar comida em casa;

6  Diante de pesadelos, colocar o pijama do avesso para o pesadelo ir embora;

7  Entrar com o pé direito em um lugar desconhecido para dar sorte;

8  Benzer-se antes de tomar banho;

9  Pular 3 vezes após achar um objeto para agradecer a São Longuinho;

 

10 Não dar presente que recebeu para não tirar a sorte;

11 Abrir o guarda-chuva dentro de casa dá azar;

 

   Perguntinha: Você faz alguma delas ou não? Quais as suas superstições ou crendices populares de sua região?

 

Alda de Cássia 
 
 
Venha conhecer um pouco mais no

*Imagem: deste site

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Tudo no tempo de Deus!

 


  Quem nos acompanha por aqui, já deve ter lido em um dos meus bate-papos sobre o tema: "No tempo de Deus’’. Lembrou? Pois é, será o nosso bate-papo de hoje!

Deus sabe o que é melhor para cada um de nós. Nada permite se não existe um propósito. Qual? Aprendizado, amadurecimento e crescimento.

O certo, é que somos frutos de nossas escolhas. Cada passo dado e cada palavra proferida vão determinar a direção que vamos caminhar.

Não falo de destino e sim em providências divinas. Tudo no tempo de Deus e permitido por Ele. Por isso, é preciso planejar e ter metas bem definidas.
 
O sucesso não vem da sorte e sim de merecimento. Não, não falo dos ‘’5 minutos‘’ de fama e nem de uma temporada. E sim, de muita luta determinação, coragem e fé.

Devemos agradecer a Deus por tudo. Pelas alegrias que aquecem o nosso coração, pelas adversidades que nos fazem sair da zona de conforto e até por cada lágrima que rola dos nossos olhos, pois nos humanizam diante das perdas e da dor.

Enfim, não reclame por suas dificuldades e sim se resigne.... Volte a caminhar !!! Não culpe o outro pelos erros que você possa ter cometido. Assuma e se responsabilize, e faça uma adaptação nos seus planos, mas nunca desista deles.

Não se esqueça... TUDO NO TEMPO DE DEUS! Plante sementes de amor, esperança e sabedoria, pois as mais belas flores foram regadas com ''gotas de fé'' .Enquanto isso, ore. Pois Deus, só Ele, sabe o que se passa em nosso coração, enquanto alguns nem desconfiam de sua luta diária...Escolhas as batalhas que você está pronto(a) para lutar.


Alda de Cássia
Foto:watts

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Dica de leitura !

 

Um livro muito emocionante! Qual? ''A Guerra que salvou a minha vida'', de Kimberly Brubaker Bradley, com  a tradução de Mariana Serpa Vollmer, lançado pela editora Darkside Books.

Um livro com 234 páginas, que relata a história real de uma criança chamada Ada, de 11 anos de idade e seu irmão Jamie, de aproximadamente, 6 anos de idade, que conseguiram sobreviver durante a Primeira Guerra Mundial.

Ada vai contar sua história ao lado de seu irmão. Suas batalhas, a luta de dois refugiados em seu próprio país. Ela revela todo o seu sofrimento, uma vez que sua mãe a deixava trancada em casa pois, ela tinha nascido com um pé torto e para a sua mãe ela era a ‘’Aleijada’’, a ‘’Imprestável’’ da família, digna de ser tratada como um ‘’lixo humano’’.



  Uma história que revela ao mundo as consequências da guerra, mostrando as vítimas inocentes, os traumas da guerra, o abandono afetivo e a não aceitação da deficiência de um filho como a maior de todas as crueldades vividas por uma criança.

O certo, é que a história nos leva a refletir sobre a ‘’batalha’’ que vencemos todos os dias para conseguir conquistar o nosso ‘’território’ neste mundo, onde as ‘’guerras’’ muitas vezes começam dentro da nossa casa.


 Super dica de leitura!
 Vale a pena ler na íntegra!
 

Alda de Cássia

*Imagem:Google