Diário das Gêmeas Paraenses |
Sempre digo
aos acompanhantes dos pacientes hospitalizados que atendo: ‘’Reze. Tenha fé pois, na hora em que o medo da perda tomar conta do seu coração, você não deve deixá-lo entrar’’. Assim fiz sábado!
Bem, eu e a "mana abençoada’’ passamos sábado pela situação mais difícil em toda a nossa vida.
Sim, ao chegarmos em casa nos deparamos com uma cena que ainda insiste em ‘’vim
a nossa mente’’. Qual?
O nosso pai
estava sentado apático na cadeira. Chamei por ele, mas ele não respondeu. Olhava
para o teto. Acendi a luz do quarto e vi que estava muito suado. Pingando de suor.
Toquei nele e ele estava gelado.
A ‘’mana
abençoada’’ chegou ao quarto, fez o mesmo e viu a gravidade da situação. Foi
quando disse a ela que, ligasse para a emergência, pois era preciso removê-lo com urgência
para o hospital.
Ela correu para
ligar. Estava aflita não conseguia ler o número (minúsculo) da remoção no cartão do plano. Queria uma
lupa e conseguiu ligar. Mesmo nervosa, ela não deixou a emoção tomar
conta.Tinha que ser forte!
Enquanto eu
passava a situação clinica para o médico, ela falava o tempo todo com ele, pois,
ele não poderia dormir. Depois ficamos juntas com ele aguardando a ambulância.
Meu Deus! Foram os minutos mais angustiantes já vividos por nós. Assim como eu, ela rezava em silêncio.
Como ele estava? Com lentidão de pensamento, suando muito, gelado e querendo
dormir.
Com o meu oxímetro
de dedo (aparelho que determina a quantidade de oxigênio no sangue), fiquei monitorando
até que o médico chegasse. E como ele estava? Ainda gelado, suando muito,
batimentos cardíacos baixos, com uma oxigenação não muito baixa, mas o pior é que ele
já estava começando a ficar confuso mentalmente.
Graças a Deus,
a equipe da Unimed chegou e detectou que ele estava com hipoglicemia (glicose
40 mg/dl). Qual seria o normal? O ideal seria 90 mg/dl. O que fizeram? Aplicaram ampolas de
glicose (05) e aguardaram para a remoção.
Depois de
estabilizá-lo, resolveram levá-lo para a ‘’unidade de graves’’. Era preciso
melhorar o seu quadro clínico, não só pela idade, mas pela história de já ter
tido um infarto há cerca de 5 anos.
Enfim, ele
está bem agora. Ainda assustado com tudo que aconteceu! Confesso que, várias
vezes disse ao nosso pai, antes da chegada dos médicos, que não o deixaria
sozinho, ou melhor, que nós estávamos ali.
O que eu
estava fazendo? Segurava a mão dele enquanto a ‘‘mana abençoada’’ tentava
deixar mais calma a nossa mãe. Não podíamos nos desesperar.
O certo é que, a lembrança da nossa infância veio à mente naquela hora... Ele segurando a mão da ''mana abençoada'' para que ela não caísse da mesa e eu ali para ele não ''cair em coma''.
Bem,
resolvemos compartilhar com vocês algo tão pessoal, porque queremos alertar
sobre a hipoglicemia, principalmente se a pessoa for diabética como o nosso
pai, que se não houvesse sido atendido com excelência, teria morrido em nossa
frente. Por isso, vamos deixa alguns links sobre hipoglicemia para alertar o
perigo silencioso que muitos desconhecem os sintomas.
Fica o alerta!!
Bjs,
Alda e Vi